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Recordar Gilles Villeneuve 33 anos depois!

Maio é um mês de memórias terríveis para a Fórmula 1. Uma semana depois de assinalarmos a morte de Ayrton Senna, há 21 anos, hoje completam-se 33 anos sobre o desaparecimento de outra lenda do desporto automóvel, Gilles Villeneuve.

O genial e destemido piloto canadiano ainda hoje é endeusado por uma multidão de fãs, em especial os «tifosi» que, mesmo depois dos anos de sucesso de Schumacher, continuaram a olhar para Villeneuve como o maior piloto que passou pela Ferrari. Talvez pela enorme simpatia que próprio Enzo Ferrari nutria por ele considerando-o quase como um filho!

Villeneuve (pai de Jacques Villeneuve, campeão do Mundo em 1997) ficou famoso pela forma temerária como guiava carros tão potentes quanto perigosos, travando duelos que ficaram célebres. Um dos mais famosos foi com René Arnoux (Renault), em Dijon, pelo 2.º lugar no G.P. de França de 1979. Aconselhamos vivamente a procurar no YouTube as imagens desta luta titânica que as palavras não conseguem descrever!...

Mas também a defender-se Villeneuve conseguia ser mestre, como mostrou na última das suas seis vitórias, no G.P. de Espanha de 1981, em Jarama: com um Ferrari claramente mais lento, o canadiano aguentou volta após volta a perseguição de Laffite (Ligier), Watson (McLaren), Reutemann (Williams) e De Angelis (Lotus). Entre 1.º e 5.º a diferença foi de 1,2 s!

A sua morte trágica, durante as qualificações para o G.P. da Bélgica de 1982 começou a desenhar-se na prova anterior, em Imola (G.P. de San Marino), quando Villeneuve se sentiu traído pelo colega de equipa na Ferrari, Didier Pironi, que lhe roubara a vitória quando havia ordens de equipa para manter as posições…

Nesse treino em Zolder, naquele que seria o seu 68.º Grande Prémio, Villeneuve estava um décimo atrás de Pironi na luta por um lugar na grelha. Num «forcing» desesperado, o canadiano embateu na traseira do March de Jochen Mass que se chegara para um lado da pista para o deixar passar… O Ferrari foi catapultado e os cintos partiram-se, projectando o piloto para fora do carro, num arrepiante e fatal voo.

«Villeneuve foi um dos maiores protagonistas da história da Ferrari», lembra-o Luca di Montezemolo. «Recordo a sua coragem que roçava a temeridade! Nunca o esquecerei, quer pelas suas proezas desportivas quer pela forma como vivia a vida fora dos circuitos e que o tornaram um personagem carismático e não apenas para os amantes da Ferrari!».


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Acerca do Autor

Enviado-especial do jornal «A Bola» a largas dezenas de Grandes Prémios, nunca deixou de reportar sobre o Mundial, tendo nos últimos anos alargado a sua experiência aos comentários televisivos.