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Do paraíso ao inferno: a queda de Kvyat e como o russo se quer reerguer

Foi um dos casos mais desconcertantes da primeira parte do Mundial, a espiral negativa em que entrou Daniil Kvyat, sendo despromovido pela Toro Rosso, chegando a colocar-se em dúvida e confessando ter passado por uma fase em que perdera o prazer de estar a guiar um Fórmula 1! «Ainda bem que chegou a pausa de Verão, estava mesmo a precisar dela, acho mesmo que preciso dela mais que ninguém!», reconhece Kvyat.

Autêntica montanha… russa, aquela por que passou Daniil Kvyat esta época, elevado aos píncaros na terceira prova do Mundial, quando foi 3.º na China, depois de fabuloso arranque em que surpreendeu os dois Ferrari, deixando Vettel furioso… e baralhado, pois o russo nada de mal tinha feito. No final, Christian Horner desfazia-se em elogios ao seu recruta na Red Bull e a F1 achava que tinha encontrado, finalmente, o piloto russo capaz de vir a lutar pelo título mundial.

Apenas duas semanas depois… a queda ao inferno, na corrida caseira, com um arranque desastroso a eliminar Vettel com dois abalroamentos grosseiros. Kvyat a acusar a pressão de ter de «mostrar serviço» em casa e a ter todos os dedos do «paddock» apontados e muitos elementos a pedirem a sua cabeça… Dentro da Red Bull, Kvyat pôs-se a jeito, tal a vontade que havia de promover Max Verstappen ao seu lugar e foi o que sucedeu logo na corrida seguinte, com a despromoção do russo, de regresso à Toro Rosso.

A partir daí, Kvyat atravessou uma fase negra, em que só conseguiu dois décimos lugares. «Tenho exigido demasiado de mim próprio, ‘stressei-me’ muito e pedi coisas do carro que ele não pode fazer… Sei que muitos dos que me conhecem perceberam que eu não estava a ser eu mesmo nestas últimas semanas, incluindo o Christian [Horner]. Mas não preciso que ninguém tenha pena de mim! Todos temos estas fases na nossa vida, a qualificação na Alemanha foi o ponto mais baixo [19.º], mas na corrida já senti que dei dois passos em frente».

Kvyat não culpa as decisões da Red Bull pela sua «miséria». «Não os culpo por isso, eles fizeram de mim um piloto mais forte. É claro que houve circunstância em que fiquei zangado e tentei forçar as coisas, o que não posso fazer porque aí vou além das minhas próprias capacidades. E passei por uma fase em que fiquei mais fraco por tudo o que se passou, isto não é uma desculpa, é uma explicação».

Para seu azar, Verstappen chegou à Red Bull e venceu e fez pódios… «No final, tudo isto deverá tornar-me mais forte. Mas fez-me reflectir bastante e agora tenho de recuperar a paixão pela F1. Agora sei o que estava a fazer mal e esta pausa de Verão chega mesmo na altura certa», concluiu Kvyat que terá, no entanto, de se debater com um outro problema: os Toro Rosso vão agora passar por uma fase muito difícil, já que o motor Ferrari com as especificações de 2015 serão enorme «handicap» – já o foram nas últimas provas, segundo Sainz – em pistas como Spa e Monza!

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