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Comissários ouviram Rosberg sobre a «pole» mas mantiveram-na (actualizado)

A 26.ª «pole» da carreira de Nico Rosberg não ficou a salvo de polémica… nem esteve segura: o alemão foi mesmo chamado ao Colégio de Comissários para dar explicações, por a ter obtido numa volta em que estavam a ser mostradas bandeiras amarelas, numa parte da pista do Hungaroring, devido a um pião de Fernando Alonso.

Christian Horner, da Red Bull, apontou logo o dedo e Lewis Hamilton, na conferência de imprensa, mostrou-se surpreendido: «Ele fez o melhor sector ali? Isso é surpreendente!».

Primeiro, os comissários não acharam haver qualquer razão para chamar o piloto alemão e pedir-lhe explicações, apesar de haver várias vozes a recordarem que não se pode melhorar o tempo num sector em que há bandeiras amarelas. Do lado de Rosberg havia ainda um precedente: há três semanas houve uma situação igualzinha, na qualificação da Áustria, com Hulkenberg a fazer o seu melhor tempo pessoal num sector em que havia bandeiras amarelas por Carlos Sainz estar fora da pista, com o motor avariado.

Veredicto dos comissários na altura: «Apesar de o piloto ter feito o seu melhor tempo no sector em que havia duplas bandeiras amarelas, a telemetria demonstrou claramente que desacelerou à chegada do local onde estavam a ser mostradas, reduzindo a sua velocidade nessa zona».

Rosberg mostrou-se tranquilo: «Levantei o pé na zona das bandeiras e muito! Fui mais lento no ponto das bandeiras que nas voltas anteriores mas, no resto do sector, a pista estava tão mais rápida que acabei por melhorar o tempo. Estou certo de que está tudo bem». Pelos vistos, o almeão estava certo, pois o veredicto dos Comissários foi semelhante ao dado a Hulkenberg, na Áustria: «A telemetria provou que o piloto reduziu significativamente a velocidade na curva 8», rezava o comunicado que confirmou a 26.ª «pole» de Rosberg.

Já Hamilton, que passara na pista mesmo no momento em que Alonso acaba de fazer o pião, à sua frente, defende que é preciso clarificar esta parte dos regulamentos: «Temos de perceber essa situação das bandeiras amarelas porque, claramente, da forma como as regras estão escritas, não estão a ser interpretadas pelos comissários ou os pilotos. Precisamos de uma clarificação».

E contou: «Para mim não houve qualquer dúvida, tive mesmo de abortar a volta, o Fernando estava na pista. Talvez para o Nico o Fernando já tivesse saído do caminho, mas ainda havia bandeiras, por isso o cenário era diferente. Quando há uma bandeira amarela temos de abrandar ou estar preparados para isso e perder tempo. Com dupla amarela, temos de estar preparados para parar, é o que está escrito».

«Mas o Nico só perdeu um décimo nessa curva e pensava que uma dupla amarela exigisse mais cuidado que isso… Temos de tornar as coisas muito claras. Nem é pela nossa segurança, é mais para o caso de haver um carro na pista, um piloto ou um comissário», concluiu Hamilton.

O britânico levanta, com perguntas gerais, questões concretas e pertinentes: não dizem os regulamentos que, sob bandeiras amarelas, não se podem melhorar os tempos parciais? Mas, por outro lado, como se aplica isso numa pista em constante evolução? E, por fim, faz ainda sentido, com a tecnologia actual e o controlo em tempo real que os Comissários têm sobre a telemetria de todos os carros, sacrificar um sector inteiro só por causa de algumas centenas de metros afectadas por bandeiras amarelas?...

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