E eis que, de repente, o risco de o Brasil ficar sem pilotos na Fórmula 1 – o que não acontece desde 1970! – se tornou perigosamente real, com o futuro de Felipe Nasr a tornar-se bastante negro. Segundo o jornal «Folha de S.Paulo», o Banco do Brasil recusou-se a renovar o contrato de patrocínio à Sauber e não irá apostar em nenhuma outra equipa, limitando (ou até anulando…) as opções de Nasr!
As prioridades de investimento do Banco do Brasil ter-se-ão alterado e a projecção internacional já não estará entre as principais. O que levou o principal patrocinador de Felipe Nasr – com quem mantém um contrato de apoio pessoal até 2019 – a cortar os cerca de 15 milhões de euros anuais com que apoiava a Sauber.
Ainda houve uma tentativa de manter o apoio, desde que outras empresas estatais entrassem numa espécie de «poule», baixando a factura do banco. Consta até que a Petrobrás (de saída da Williams) terá sido contactada mas terá recusado. Sem «quórum», o Banco do Brasil terá mesmo desistido, tornando muito complexa a continuação de Nasr na Sauber ou até a sua candidatura a um lugar na Manor.
Talvez por isso Monisha Kaltenborn, responsável máxima da escuderia suíça, tenha tido uma prolongada conversa com Esteban Gutierrez no «paddock» de Interlagos… É verdade que, escassas horas depois, Nasr estava, com uma actuação soberba, a contribuir com a entrada de muitos milhões de dólares nos cofres da Sauber, ao terminar na 9.ª posição o G.P. do Brasil. Esses 2 pontos fizeram com que a equipa suíça saltasse para 10.º no Mundial de Construtores. E embora não seja ainda possível dizer qual será ao certo o prémio monetário que receberá, não deverá andar muito longe dos 30 milhões de euros.
Mas sabe-se como a F1 é um mundo cruel e essa conquista de Nasr contará muito pouco para a equipa o manter, caso apareça outro piloto que reforce ainda mais o orçamento… O que o piloto de Brasília não parece em condições de fazer, ao contrário do mexicano Gutierrez que sem contou com bons apoios.
Ainda segundo a «Folha de S.Paulo», o «manager» de Felipe Nasr, o britânico Steve Robertson, continua a trabalhar para que o brasileiro se mantenha na F1. Do lado da Sauber, Kaltenborn afirmou pretender anunciar os pilotos para 2017 até ao final da época, o que acontece no próximo fim-de-semana. À partida, julga-se que o sueco Marcus Ericsson terá o seu lugar garantido.
