Sergio Perez e Esteban Ocon vão ser chamados à sede da Force India, em Silverstone, para… levarem um valente puxão de orelhas. Porque, considera a equipa (e com toda a razão…), o que se passou em Baku é totalmente inaceitável! Em especial porque, pelo desenrolar da corrida, não era totalmente de excluir a hipótese de um dos seus pilotos poder ter ganho aquela prova, não se desse o caso… de terem colidido um com o outro.
Isto depois de o episódio do Canadá – Perez não deixou Ocon, que estava mais rápido, passar para atacar o pódio de Ricciardo – que teria causado algum mal-estar ter ficado esclarecido e a equipa ter dado um voto de confiança aos seus pilotos, dando-lhes liberdade para fazerem as suas corridas. À primeira oportunidade… batem os dois!
A Force India teria, certamente, saído de Baku com uma importante maquia de pontos mas, no segundo recomeço da prova, Ocon tentou passar Perez na curva 2 – a mesma onde Bottas bateu em Raikkonen – e apertou o mexicano contra o muro. O francês ficou com um pneus furado, enquanto Perez ficou sem asa dianteira e uma suspensão danificada, acabando por abandonar
«Teremos de rever o que se passou, de uma forma séria e profissional, falar com os pilotos e dizer-lhes claramente que isto é totalmente inaceitável», explicou Otmar Szafnauer, director operacional da equipa. «Eles não podem bater um no outro, isso só abre oportunidades para outras equipas amealharem mais pontos que nós».
«Já é suficientemente mau quando se bate no carro de um rival porque ficamos com a corrida estragada, mas nunca no colega de equipa, porque se pode ficar com os dois carros fora de prova! Acho que é fácil de perceber e eles são dois tipos inteligentes…», acrescentou Szafnauer que atribuiu culpas a ambos os seus pilotos. «O ‘Checo’ não teve o arranque que devia, o Esteban recomeçou melhor mas, depois, não deram o espaço que era necessário».
Perez disse, no final, ao lamentar o sucedido, que era ainda mais doloroso porque a equipa poderia ter ganho a corrida, mas Szafnauer diz ter algumas dúvidas quanto a esse desfecho: «Cheguei a pensar nisso, mas não me parece… Fomos nós, de certa forma, que causámos a bandeira vermelha e, sem isso, a protecção da cabeça do carro do Hamilton não teria, provavelmente, ficado solta e ele teria ganho… Por isso, os ses e os teríamos… Acho que seríamos segundos ou terceiros».
