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Mercedes W06 não foi feito para pistas citadinas, explica director-técnico

Do alto dos seus 14 anos de experiência na Fórmula 1, Fernando Alonso acha que o estranho caso do «apagão» dos Mercedes em Singapura ficará, provavelmente, sem explicação. «Andamos todos aqui há muitos anos e nunca se viu uma equipa passar de um segundo mais rápida durante todo o ano para 1,5 s mais lenta numa prova. É um mistério que, provavelmente, nunca será esclarecido, é isto a F1…», declarou o espanhol. Mas do lado da Mercedes começam a surgir algumas hipóteses…

A única plausível é o W06 Hybrid não ter nascido para circuitos citadinos, apesar de até ter dominado o G.P. do Mónaco, só tendo falhado a dupla por um erro táctico básico da equipa e de Hamilton. Mas essa é a opinião do director-técnico Paddy Lowe que, em entrevista à revista alemã «Auto Motor und Sport», discorreu acerca das características do monolugar da Mercedes, dizendo que o carro não tinha sido concebido para pistas citadinas.

«As características aerodinâmicas do nosso carro buscam a eficiência, ou seja, o máximo apoio com a mínima resistência ao ar possível. Por isso somos tão fortes em pistas como Suzuka ou Spa. E por isso temos maiores dificuldades onde basta colocar a carga aerodinâmica no máximo», revelou Paddy Lowe que explicou que os projectistas da Mercedes dividem as 19 pistas do Mundial em três categorias: citadinas (Mónaco e Singapura), de alta velocidade (Spa e Monza) e… «as outras».

«O nosso carro foi optimizado para ‘as outras’ e a segunda prioridade são as de alta velocidade. Porque, como o tempo de utilização do túnel de vento está limitado, temos de decidir quais as nossas prioridades», referiu Lowe que também reconheceu que a equipa cometeu alguns erros de afinação em Singapura. «Esse já tinha sido o nosso circuito mais difícil no ano passado», disse, apesar de a vitória ter então sorrido a Hamilton.

Por fim, Paddy Lowe acrescentou estar convencido de que tanto a Ferrari como a Red Bull levaram evoluções específicas para a pista de Singapura, o que a Mercedes não fez. Talvez tenha confiado em demasia na vantagem demonstrada ao longo do ano…

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