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Mercedes não é favorita, a grande candidata é a Ferrari, diz Wolff

«É algo que nos é doloroso, mas temos de encarar a realidade: não somos favoritos para a conquista dos Mundiais deste ano». Toto Wolff já o tinha deixado a entender, com críticas mais ou menos veladas ao «feito difícil» do carro com que a Mercedes está a competir este ano e que não consegue ser tão competitivo como o dos rivais da Scuderia, mas agora foi claro como água: «De momento é a Ferrari a grande candidata. Têm um conjunto muito forte e temos de elevar o nosso nível se quisermos voltar a ser a equipa a bater».

O problema do W08 já foi muitas vezes apontado. «É a forma como o chassis interage com os pneus, o que é um tema bastante complexo», diz o director da equipa tricampeã. «Porque há dezenas de factores que podem ter influência e fazer com que as coisas funcionem ou não. Não se trata de arranjar desculpas porque outros estão a conseguir um bom trabalho em extrair ‘performance’ dos pneus e nós não. Por exemplo, a Red Bull na qualificação está longe dos nossos tempos mas, na corrida, consegue ter um bom desempenho. É um problema que parece afectar toda a gente menos a Ferrari e só temos de lhes dar crédito por isso, têm um carro consistente e competitivo que consegue lidar bem com os pneus».

Colocado perante a forma diferente como Sebastian Vettel e Lewis Hamilton encararam, ao longo de 2016, os testes que a Pirelli foi fazendo para desenvolver os pneus deste ano, com muito mais envolvimento e dedicação do alemão – e se não estaria aí uma das explicações para o que está a suceder agora… –, Toto Wolff elogiou Vettel e reflectiu: «Cada piloto tem o seu próprio método de trabalho, um é perfeccionista e meticuloso, enquanto o outo confia mais nos seus instintos. O ‘Seb’ sempre trabalhou muito e talvez tenha compreendido mais cedo a importância da janela de utilização dos pneus. Cabe-nos a nós recuperar esse atraso, mas isso nada tem a ver com a motivação do Lewis. A sua entrega é ainda maior que no ano passado e para a equipa não há qualquer problema nesse aspecto. Mas talvez devamos questionar os nossos próprios métodos de trabalho».

Isto não significa, contudo, um «atirar de toalha ao chão», até porque ainda estamos numa fase relativamente prematura da temporada. «Faltam ainda 14 corridas e tudo está em aberto», referiu Wolff. «O fim-de-semana do Canadá deverá ser interessante, poderá ser difícil para nós em termos do ‘layout’ da pista, mas é um circuito em que os nossos dois pilotos sempre andaram bem: o Lewis já ganhou várias vezes e o Valtteri sempre fez boas exibições com a Williams. Portanto, é uma questão de fazermos bem o trabalho de casa para lhes darmos carros competitivos».

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