A Mercedes está sem «espaço para respirar» na luta pelas vitórias na Fórmula 1, depois do ressurgimento da Red Bull e da esperada melhoria de forma da Ferrari. Quem o diz é Toto Wolff, responsável máximo pela equipa bicampeã, depois de uma vitória no Mónaco que, ele próprio reconhece, caiu do céu: «A principal conclusão é que a ameaça da Red Bull é bem real. Precisámos de uma estratégia arriscada, de uma grande actuação do Lewis e, no final, de uma boa fatia de sorte com a má paragem do Daniel para conseguirmos aquela vitória».
Depois do que viu, Wolff não tem dúvidas: «Já o disse várias vezes, não temos um bocadinho para respirar neste campeonato, manter a vantagem é uma batalha constante e a pressão só irá aumentar. Tem sido uma época com alguma imprevisibilidade que só é boa para o desporto, mostrando que a F1 está viva!».
Nesta luta permanente, a Mercedes tem mostrado alguns pontos fracos, com diversos problemas a atrapalharem a vida dos seus pilotos, em especial Lewis Hamilton que já teve diversas qualificações estragadas. Daí que vá introduzir, já no Canadá, algumas modificações nos seus motores, embora sem ter de gastar fichas de desenvolvimento, por se tratar de corrigir problemas de fiabilidade. «Temos tido pequenos casos que nos têm complicados quase todos os fins-de-semana e temos de os resolver definitivamente», referiu Wolff.
«Ainda temos de melhorar a nossa fiabilidade, embora se tenha tornado particularmente urgente o aumento das prestações», acrescentou, para explicar: «Na F1 só somos bons enquanto nos lembramos da última corrida. Por isso no início do ano a Ferrari era o nosso ‘inimigo n.º 1’ porque marcava mais pontos. Mas agora é a Red Bull que aparece como ameaça mais séria».