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Red Bull vai apresentar o RB14 mais cedo que o habitual para tentar melhorar a fiabilidade

Max Verstappen começa, de facto, a ganhar um certo ascendente dentro da Red Bull. Pelo menos é o que parece, ao recordarmos o «recado» que o holandês enviou para o interior da sua própria equipa, pedindo que não apresentassem o novo carro tão tarde como habitualmente… Pois Christian Horner, director da Red Bull, acaba de anunciar que, em 2018, o RB14 será apresentado mais cedo que o normal – o hábito da sua equipa é mostrar o novo monolugar mesmo quase na véspera do arranque dos testes de Barcelona –, procurando até fazer um «shakedown» antes do começo dos treinos.

«Estamos focados num objectivo ligeiramente anterior, talvez uns cinco dias», confidenciou à revista britânica «Autosport». «Mas o projecto e os prazos de produção estão tão apertados que esses cinco dias poderão ser importantes para começarmos com o pé direito. O que queremos é chegar ao primeiro teste e conseguirmos rodar uma média de 100 voltas por dia», explicou Horner, no que seria um grande contraste com os últimos inícios de temporada, sempre marcados por vários problemas de fiabilidade.

Ao antecipar a data de apresentação do RB14, a Red Bull poderia até fazer um treino prévio, como a Mercedes costuma fazer, para garantir que tudo está a funcionar correctamente no carro antes de chegar a Barcelona. É o chamado «dia de filmagens» em que as equipas podem percorrer um máximo de 100 km e com pneus específicos.

Mas Horner mostra-se optimista com o RB14 por a estabilidade dos regulamentos permitir transpor muitas das coisas que funcionam no RB13 que já atingiu um elevado nível de competitividade, permitindo Red Bull aproveitar a evolução feita nesta segunda metade da temporada. Mas só isso não chega… «Graças à estabilidade dos regulamentos, as lições que aprendemos com o RB13 servirão para o RB14. E, claro, esperamos que o rendimento e a fiabilidade do motor melhorem durante o defeso, isso será um aspecto fundamental».

Por falar nisso, 2018 é o último ano em que a Red Bull tem contrato de fornecimento de motores com a Renault e não é ainda um dado adquirido que a marca francesa queira continuar a fornecer a equipa nos dois anos que se seguem, antes de entrar em vigor a nova regulamentação, em 2021. «Nada está ainda decidido e tudo está em aberto, a decisão será tomada na Primavera ou no início do Verão do próximo ano», assume Christian Horner.

Caso a Renault não queira continuar com a Red Bull, só sobrará à equipa austríaca fazer negócio com a Honda que já irá fornecer, a partir do próximo ano, a sua segunda equipa, a Toro Rosso. Mas Horner olha já a longo prazo e, com a Aston Martin a mostrar algum interesse num maior envolvimento na F1 (de momento é só «sponsor» da equipa), até chega a propor: «Se os regulamentos de 2021 permitirem que um fabricante de motores independente possa ser competitivo, uma empresa como a Aston Martin poderia trabalhar facilmente com um terceira parte como, por exemplo, a Cosworth».

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