A decisão de elevar a potência dos actuais grupos propulsores V6 turbo híbridos para mil ou mais cavalos em 2017 pode ter sido aprovada pelos construtores mas levantou logo uma questão entre as equipas mais pequenas: quanto custará isso?
Monisha Kaltenborn, directora da Sauber, deu voz aos receios das equipas ditas «cliente», com a escuderia suíça que compra os motores à Ferrari, numa despesa que ultrapassa os 22 milhões de euros por ano! «Enquanto equipa-cliente, a nossa maior preocupação com os motores é o seu custo. Antes, o custo dos motores era um dos pesos mais importantes nos orçamentos e conseguimos afastar-nos disso mas, infelizmente, estamos de volta a essa situação, o que não é bom».
A responsável pela equipa suíça também considera que as equipas-cliente não deveriam pagar os custos do desenvolvimento de um motor que terá sempre de ser feito para as equipas oficiais… «Percebemos que um construtor tenha de mostrar toda a sua tecnologia mais avançada, mas deveria fazê-lo a um preço acessível. E as equipas pequenas não deviam ser usadas para financiar o programa de pesquisa e desenvolvimento que terão de fazer de qualquer forma. Ninguém espera ver um Mercedes com motor Ferrari, ou vice-versa…».
