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Sauber vendida e com futuro garantido… mas sem Peter Sauber

A directora da equipa, Monisha Kaltenborn, já dera a entender que os graves problemas financeiros da Sauber estavam prestes a ser ultrapassados e agora chega a notícia: a equipa acaba de ser vendida à Longbow Finance, um fundo de investimento suíço. Ou seja, a escuderia mantém-se «em casa», na Suíça, mas o negócio implica o afastamento de Peter Sauber de todas as funções…

A Longbow Finance comprou as acções de Peter Sauber e Monisha Kaltenborn, garantindo o futuro da equipa que manterá o nome, apesar da saída do seu fundador. Será substituído como «chairman» do Sauber F1 Team por Pascal Picci, elemento do fundo de investimento que é agora dono da equipa de Hinwill. Mas Kaltenborn continuará à frente da equipa de Fórmula 1.

Peter Sauber resumiu assim o negócio: «Monisha Kaltenborn e eu assinámos um acordo que assegura o futuro da equipa de Fórmula 1 e do Grupo Sauber. Fico muito feliz por o meu corajoso investimento em recomprar a equipa [da BMW], o que fiz há seis anos, com a intenção de manter a base em Hinwill e o lugar na Fórmula 1 foi a mais correcta».

Por sua vez, Monisha Kaltenborn acrescentou: «Ficamos felizes por este acordo com a Longbow Finance assegurar o futuro da Sauber no topo do desporto automóvel, será o parceiro ideal para tornar a equipa mais competitiva e bem-sucedida na Fórmula 1. Ao mesmo tempo, a nova estrutura vai permitir-nos avançar numa outra área que é a comercialização do nosso ‘know-how’. Esta foi a melhor solução para os nossos empregados, parceiros, fornecedores locais e o desporto automóvel suíço».

Recusando seguir o negócio de família de… sinais de trânsito, Peter Sauber começou a construir os seus próprios carros para participar em provas de rampa, em 1970. Mas rapidamente deixou o volante, pois os seus carros começaram a ser bem-sucedidos, atraindo as atenções de muitos pilotos. Em 1979 fez a primeira incursão no mundo dos sport-protótipos, onde ganharia tal notoriedade que acabaria a alinhar os carros oficiais da Mercedes, de 1985 a 1991.

Apesar de não ter convencido a Mercedes a acompanhá-lo, Sauber daria mesmo o grande passo e aventurou-se na Fórmula 1 em 1993. É verdade que nunca conseguiu uma vitória (em seu nome…) e apenas obteve dez pódios, o que é pouco para quem já cumpriu 321 Grandes Prémios. Mas tem no seu currículo muita coisa boa: a descoberta de Kimi Raikkonen e Felipe Massa; a primeira utilização do motor Mercedes na F1 (1994); a descoberta da Petronas como patrocinador/fornecedor; e ter sido a porta de entrada da BMW como equipa oficial (BMW-Sauber) na F1 (2006 a 2010) tendo, aí sim, obtido uma vitória e uma «pole».

Peter Sauber dedicou a sua vida à competição automóvel, nela envolvendo todo o tipo de paixões: porque designa todos os seus carros por um C seguido do número de ordem? O C é de Christiane, o nome da mulher e mãe dos seus dois filhos! Agora, aos 72 anos, chega a hora de se afastar da sua grande paixão... para que ela possa sobreviver.

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