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G.P. do Japão – Antevisão e horários da prova mais… tocante na pista mais desafiante

É quase unânime entre os pilotos de Fórmula 1: há poucas pistas no Mundo como Suzuka e, no campeonato, talvez apenas Spa consiga rivalizar com o traçado nipónico. Construído originalmente (e ainda hoje usado) como pista de testes da Honda, Suzuka evoluiu para um grande parque de diversões em torno de um traçado desafiante, cheio de curvas rápidas que fazem as delícias dos pilotos.

«É rápido, é fluido e tem tudo. Curvas rapidíssimas, curvas lentas, subidas, descidas, é fabuloso!», descreve Daniel Ricciardo. «Se tivermos de dar alguma prioridade no acerto do carro, então terá de ser para o primeiro sector porque, se conseguirmos um bom equilíbrio nas sequências esquerda-direita por trás das ‘boxes’, isso deixa-nos bem colocados para conseguirmos um bom tempo».

Além da pista, o ambiente é magnífico, com os incondicionais fãs nipónicos que vivem, literalmente, nas bancadas do circuito. Não só são incansáveis «caçadores» de autógrafos como muitos deles ficam nas bancadas a acompanhar, de muito longe, o trabalho dos mecânicos dentro das «boxes», como se estivessem a acompanhar a corrida. Além do desafio do traçado, é também este calor humano que faz com que os pilotos tanto gostem de Suzuka e se sintam tão bem recebidos.

Este ano, contudo, a grande festa do G.P. do Japão terá, inevitavelmente, uma forte carga emocional, já que foi ali que, há cerca de um ano, Jules Bianchi teve o acidente que lhe viria a custar a vida, depois de uma longa batalha de nove meses pela vida. «Todos nos iremos lembrar dele quando voltarmos a guiar naquela pista», garantiu Daniil Kvyat. E é natural que haja uma homenagem à memória do malogrado piloto francês.

Em termos competitivos, este é um fim-de-semana que gera enorme expectativa: os Ferrari terão mesmo apanhado os Mercedes e estarão em condições de recuperar o terreno perdido? Ou o que sucedeu em Singapura aos campeões do Mundo foi um inexplicável «tropeção» na sua caminhada triunfal, a ser retomada na pista nipónica? Teoricamente, o traçado de Suzuka favorece o conjunto da Mercedes, mas falta ver como irá a equipa abordar o G.P. do Japão: terá, entretanto, descoberto algo que lhe permita recuperar a confiança; ou irá ainda «às escuras» acerca da perda de competitividade em Singapura, num clima de dúvida que lhe poderá complicar a preparação da corrida?!

Em Spa, os Mercedes estiveram bem à frente dos Ferrari mas, entretanto, a Scuderia estreou um novo motor, em Monza, que é claro passo em frente. Hamilton continua com uma vantagem confortável no comando do Mundial, mas não se pode dar ao luxo de deitar fora mais corridas, como sucedeu no último Grande Prémio. Sem dúvida que, de momento, é na Ferrari que se vive um estado de espírito mais alegre, sendo importante travar as euforias. Talvez recordando o que sucedeu após as outras duas vitórias de Vettel: a Mercedes respondeu com uma dupla logo na corrida seguinte!

Em 14 corridas, será apenas a 4.ª vez que a Pirelli opta pelas suas misturas mais duras – Malásia, Espanha e Grã-Bretanha foram as outras – com os pneus duros (laranjas) e os médios (brancos) para uma pista extremamente exigente. Suzuka foi reasfaltado recentemente mas o piso continua muito abrasivo. Além disso, é uma pista com curvas de alta velocidade, com destaque para a mítica esquerda 130R feita a cerca de 300 km/h que coloca os pneus sob forças exageradíssimas.

Também por isso a gestão dos pneus e da estratégia de corrida tem de ser cuidadosa, já para não falar na possibilidade do aparecimento de chuva, normal nesta altura do ano: as previsões apontavam para isso logo para o primeiro dia de treinos, mas o fim-de-semana deverá ser seco. Apesar de ser uma pista rápida, Suzuka não coloca problemas de maior a nível de travões, pois o seu traçado muito fluido apresenta apenas duas travagens fortes.

O G.P. do Japão realiza-se à luz do dia o que significa, para os fãs portugueses, acordar cedo para seguir as incidências da prova… Os treinos livres realizam-se às 2 e às 6 horas de sexta-feira e às 4 horas de sábado (hora de Portugal Continental), realizando-se a qualificação às 7 horas. O arranque da corrida está marcado para as 6 horas de domingo.

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