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Audi ia mesmo entrar na F1 em 2018… até a «bomba» estoirar nos «States»!

Já andamos há alguns anos nesta novela e a Audi voltou a ser notícia este fim-de-semana, ainda e sempre pela futura compra que irá fazer da equipa Red Bull… sempre desmentida e adiada. Desta feita, contudo, a revista germânica «Auto Bild» garante que o conselho de administração do Grupo VW já terá autorizado a entrada da Audi na F1 a partir de 2018, só faltando a assinatura do acordo com a Red Bull que, até lá, usará motores Ferrari.

«Os estudos de mercado voltaram a destacar a importância da Fórmula 1 e, com a Red Bull, poderemos unir-nos a uma estrutura que já existe e muito bem-sucedida», comentou uma fonte da marca à publicação alemã. O que contraria a opinião expressa já apenas quatro meses pelo próprio director-geral da Audi, Rupert Stadler, quando afirmou que «a Fórmula 1 tem de resolver os seus próprios problemas», ao afastar a entrada da marca… E, que se saiba, nada de realmente novo sucedeu na F1.

Interrogado acerca do assunto na prova do Mundial de Resistência em Austin (Texas), o director de competição da Audi, Wolfgand Ullrich, foi evasivo. «Para mim continua tudo na mesma». O seu contrato terá sido até prolongado por mais dois anos, podendo depois (em 2018…) ser substituído por Stefano Domenicalli (ex-director da Ferrari) à frente do falado programa de F1, com o motor a começar a ser desenvolvido assim que fossem conhecidas as novas regras a aplicar a partir de 2017, a famosa «revolução» que se espera para a F1, com potências acima dos 1000 cv.

Tudo isto fazia muito sentido até… à «explosão» do escândalo nos Estados Unidos, na passada semana, onde o Grupo VW enfrenta um complicado e muito caro processo! Em breves traços, foi descoberto que, desde 2009, a marca usava dispositivos electrónicos escondidos na altura da homologação dos seus modelos com motores Diesel de dois litros, para ultrapassar as muito apertadas normas de emissões de óxidos de azoto (NOx). Uma «batota» que, comprovou-se agora, fez com que as emissões homologadas fossem (de acordo com a zona onde se conduzia) 10 a 40 vezes menores que as reais!

Apesar da pronta disponibilidade da marca em colaborar com as autoridades norte-americanas, isso não salvou o Grupo VW de um primeiro embate bolsista com um trambolhão do valor das acções a que correspondeu uma perda de valor de quase 10 mil milhões de euros, a que se seguirá a que deverá ser a maior multa de sempre a uma marca de automóveis: cerca de 18 mil milhões de euros. E mais o custo de reparar todos os carros vendidos desde 2009 nos «States», mais de meio milhão de unidades!

Embora a esmagadora maioria dos modelos afectados sejam da VW, também há muitos Audi A3 envolvidos neste escândalo. E a questão que se levanta agora é: com uma despesa deste nível que ultrapassa em muito, por exemplo, os resultados operacionais de 2014 (11 mil milhões de euros), não terá o Grupo VW, no seu todo, de entrar numa urgente «dieta» financeira para se reequilibrar deste… «choque frontal»?! Cortando, nomeadamente, investimentos muito avultados como uma entrada na Fórmula 1? Ou, pelo contrário, necessitará agora, mais que nunca, desse passo para ultrapassar a nível de imagem este ponto tão baixo?... Afinal a novela está para durar!

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