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Bernie Ecclestone defende Grandes Prémios com duas corridas mais curtas

Bernie Ecclestone volta à carga com uma ideia que já não é nova: que os Grandes Prémios de Fórmula 1 passem a ser constituídos por duas corridas mais curtas, basicamente porque a maior parte dos espectadores já não tem… pachorra para assistir a uma só prova de hora e meia. «As pessoas têm uma disponibilidade de atenção muito mais curta e são muitos os desportos que procuram introduzir formas mais curtas dos seus jogos», explicou.

Numa entrevista ao britânico «Sunday Times», Ecclestone especificou que o formato dos novos Grandes Prémios deveria ter duas corridas de 40 minutos, separadas por um intervalo também de 40 minutos. «Nesse intervalo, os pilotos podiam ser entrevistados, os carros reparados, seria atractivos para os espectadores, para as televisões, os patrocinadores e anunciantes iriam adorar».

Em termos práticos como decorreriam as coisas? «Os carros qualificavam-se ao sábado, como de costume, para a grelha da primeira corrida e essa estabeleceria a grelha da segunda. Isso iria agitar um pouco as águas. Mas não sei se haverá coragem para tão grande mudança, embora os tempos mudem e tenhamos de olhar para esta possibilidade».

Para defender o seu ponto-de-vista – em que apenas não explica como será apurado o vencedor de cada Grande Prémio ou se passará a haver dois vencedores por fim-de-semana, o que subverte totalmente o conceito de Grande Prémio… – Ecclestone foi, obviamente, buscar o exemplo norte-americano, apesar de os hábitos televisivos naquele país (que mal conhece a F1…) serem diferentes dos europeus: «Todos os desportos americanos têm ‘time-outs’ principalmente porque as audiências americanas não conseguem concentrar-se. Crescem com tudo em segmentos de 15 minutos de televisão. E agora as pessoas são iguais em todo o lado»… Resta lembrar que uma das corridas de «sprint» mais populares nos Estados Unidos, as 500 Milhas de Indianápolis, chega a demorar quase quatro horas!

Já quanto ao facto de as audiências terem aumentado no G.P. do Brasil, apesar da corrida se ter prolongado por… três horas, Ecclestone tem, obviamente, uma justificação: «Foi uma corrida longa, com chuva forte e alguns acidentes. Mas o que sucedeu foi que houve duas partidas por causa das bandeiras vermelhas e as pessoas ligaram-se à transmissão». Ver três (e não duas) partidas atrás de «safety car» não é propriamente uma excitação mas… há sempre uma justificação!

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