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Ecclestone defende que «democracia de Todt» atrapalha a F1

Bernie Ecclestone sempre adorou uma boa polémica e lançar umas farpas para animar discussões. Numa entrevista ao francês «Canal+» conduzida pelo ex-piloto Jean Alesi, defendeu que para melhorar o espectáculo da Fórmula 1 só voltando… a um regime ditactorial!

«Gostava de mudar muita coisa porque o nosso objectivo não é que a F1 seja uma competição de engenheiros… Somos uma empresa de entretenimento e devemos divertir as pessoas», disse Ecclestone que recordou: «No início isto não era uma democracia. Eu falava com o senhor Ferrari ou Colin Chapman, pessoas desse calibre. Púnhamo-nos de acordo e as coisas eram feitas. Agora, com o sr. Todt, é tudo muito democrático, ele quer agradar a toda a gente. E com competidores não é possível contentar toda a gente».

«Eu compreendo que a Mercedes não queira quaisquer alterações. Se eu fosse proprietário da equipa faria tudo para que nada se alterasse. O que temos é de dizer: ‘as regras são estas, se quer participar tudo bem, senão vai-se embora. Não importa quem, é adeus!».

Ecclestone voltou a mostrar-se também muito crítico quanto à falta de carisma dos actuais pilotos de F1. «Tirando o Lewis [Hamilton] que é um personagem. Os pilotos não se conseguem exprimir como tu [Alesi] fazias, que dizias o que pensava sem estar sempre cheio de medo com as consequências. Isso era bom, ao menos sabíamos o que tu pensavas…».

O «todo-poderoso» da F1 consegue mesmo identificar quando as coisas começaram a mudar e, uma vez mais, é surpreendente: «Começámos a recuar com o Michael [Schumacher] porque ele não gostava de dar entrevistas e dizia qualquer coisa. Não o culpo de nada, porque a verdade é que ninguém lhe fazia perguntas interessantes, sempre as mesmas banalidades, é cansativo. Ele já sabia o que as pessoas queriam ouvir e era como se gravasse aquilo num disco». Aos 84 anos, Mr. E. continua com a língua bem afiada!

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