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Ecclestone quer cortar mais uma ou duas corridas na Europa…

Independentemente de tudo o que a Fórmula 1 lhe deve, por ter sido com o seu trabalho e visão que deu ao desporto a sua dimensão global, por vezes torna-se difícil… suportar Bernie Ecclestone! Em especial quando desata a debitar «sound bites» para fazer títulos de jornais, com declarações arrogantes que chegam a roçar o desprezo por quem faz a sua fortuna…

Recentemente, Ecclestone deu a entender que no próximo ano uma ou duas corridas europeias poderão ser eliminadas. «É o que vai acontecer, um ou dois países vão sair, não posso dizer quais, mas os novos países serão de uma nova parte do Mundo, não da Europa». Tendo já deixado a França, com a Alemanha «intermitente» e as constantes ameaças sobre Itália, Ecclestone quer ainda reduzir mais corridas na Europa. «A F1 não é um campeonato europeu, é mundial», diz.

Até aqui, nada a apontar, além do facto de a principal «clientela» da F1, em termos de audiências, continuar concentrada na Europa… Mas quando lhe falam de perenidade de provas como a Turquia, Coreia ou Índia que tão depressa entraram como saíram do Mundial e lhe perguntam o que promotores como os da corrida do Azerbaijão têm de fazer para garantir que não lhes sucede o mesmo, Ecclestone responde da única forma que sabe: «Só têm de pagar!».

A sua arrogância roça os limites do insuportável quando lhe fazem ver que os promotores dos Grandes Prémios têm problemas em tornar os eventos economicamente viáveis, nomeadamente devido às elevadas tarifas que lhe pagam… Diz Ecclestone: «A culpa não é minha, não organizem as corridas… A obrigação deles é atrair o público». O que, convenhamos, não será tarefa fácil com bilhetes tão caros e com o próprio Ecclestone a dizer que não gastaria um cêntimo a comprá-los…

Entretanto, Ecclestone começa a estudar uma forma alternativa de distribuir os dividendos dos direitos comerciais pelas equipas, apesar de estar «preso» aos acordos assinados até 2020. Mas as queixas apresentadas pela Force India e Sauber junto das instâncias europeias, alegando falta de equidade na distribuição das verbas poderá deixá-lo em situação delicada. Daí a tentativa de se antecipar…

«Vou ver se conseguimos arranjar forma de distribuir as verbas de forma mais justa entre todas as equipas», revelou Ecclestone. «A Premier League [campeonato inglês de futebol] tem uma boa forma de distribuir os prémios monetários, talvez possa funcionar connosco. Mas haverá gente que vai gostar e gente que não gostará nada…».

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