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Estado da «nação-F1» ainda é forte mais há muitos alarmes a tocar!

A Fórmula 1 perdeu algum do seu poder de atracção, os orçamentos das equipas grandes estão a ficar descontrolados, as verbas pagas pelos organizadores e os preços dos bilhetes são demasiado altos e as mais históricas corridas europeias não podem sair do calendário. Eis um diagnóstico perfeito do estado da «nação-F1», feito por quem sabe do assunto!

O nome Zak Brown dirá pouco à maior parte dos nossos leitores, mas o norte-americano é o patrão da maior agência mundial de «marketing» desportivo. E já foi um dos (muitos) nomes apontados como possível sucessor de Bernie Ecclestone à frente dos destinos da F1. É dele aquele diagnóstico.

E deixa alguns avisos: «O interesse em torno da F1 é tão forte como sempre foi, mas está a captar pouco investimento de novas empresas. Isto é um facto, basta olhar para os carros, os McLaren estão quase ‘limpos’». E acrescenta: «O potencial deste desporto continua intacto mas, enquanto empresa, deveria ter um ‘marketing’ muito mais eficaz».

E Zak Brown – ele próprio piloto-amador e dono de vários F1 icónicos – dá exemplos de coisas profundamente erradas na disciplina, mas em que os «accionistas» (leia-se as equipas) não se entendem: «As despesas estão desfasadas das receitas, os orçamentos das equipas são de loucos! Não precisamos de orçamento de 400 milhões de dólares e, não necessitando dessas verbas, as tarifas para organizadores que empurram os circuitos para fora do negócio podem baixar, o que significa que não precisamos de pedir tanto dinheiro aos espectadores».

Por outro lado, Brown também referiu as preocupações de grandes patrocinadores em relação ao fim de corridas históricas na Europa: França acabou em 2008, Alemanha não se corre este ano e Monza esta ameaçada depois de 2016. «Só recebi manifestações de desagrado por parte dos ‘sponsors’ por não haver corrida na Alemanha. Com Itália será o mesmo. Estamos a acrescentar novos mercados, o México será fantástico mas, de repente, fala-se numa terceira corrida no Médio Oriente [Qatar]. Como pode haver ali três corridas e nenhuma na Alemanha?!».

Alertando para a redução das audiências televisivas, do número de espectadores nos circuitos e de quantidade de equipa, Brown resume o estado económico da F1: «Os clientes que tínhamos para renovar contratos renovaram e adoram estar na F1. Mas à F1 actual falta-lhe aquele poder de atracção que teve no passado e que servirá para chamar novos patrocinadores. É um produto que tem de ser trabalhado».

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