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F1 melhora em 2017? Não, sim… e «nim», dizem Hamilton, Button e Alonso

Ainda estamos a largos meses do início da próxima temporada e até dos primeiros contactos com os carros feitos segundo os novos regulamentos e já as opiniões dos pilotos se dividem entre o «não», o «sim»… e o «nim»! Mesmo só por «feeling», eventualmente apoiados nalgumas conversas com os engenheiros, Hamilton desconfia que os carros não irão melhorar muito em 2017, Button diz-se excitado com o que aí vem e Alonso prefere… esperar para ver.

Numa coisa concordam, os carros actuais são muito menos entusiasmantes de pilotar que os de há alguns anos atrás, em especial durante as corridas, onde lhes exigem grandes poupanças, seja a nível dos pneus ou do combustível. E Hamilton acha que vai tudo continuar na mesma: «Nós abrandamos assim que fazemos o arranque, raramente forçamos a 100% como costumávamos fazer, antes eram corridas mais extremas, mais de ‘sprint’», diz Hamilton.

«Nos ‘karts’ era um ‘sprint’ do arranque à chegada, na F1 já não é assim, tudo tem a ver com conservar pneus e baterias e não é o que as pessoas querem ver. Para o ano os carros serão mais pesados. Terão mais aderência e serão mais rápidos, até poderão ter um ar diferente mas, no fundo, continuarão iguais, com os mesmos problemas», acrescenta um pouco crente Lewis Hamilton. «Espero enganar-me, mas penso que a pilotagem continuará a andar à volta de poupar pneus e combustível…».

Fernando Alonso já avisou que, se assim for, vai-se mesmo embora da F1 no final de 2017… nem que seja campeão do Mundo! «Eu tive a sorte de guiar os carros de 2004/2005 e até os de 2008 eram mais extremos. Agora, quando vejo os carros de GP2 serem três segundos mais lentos que um F1 sinto-me um bocado triste… Porque os carros são pesados e temos de poupar combustível e pneus desde a primeira volta, é totalmente contra o instinto dos pilotos».

O espanhol quer, no entanto, dar o benefício da dúvida aos novos regulamentos para 2017. «O próximo ano será um ponto de interrogação e se os carros voltarem a ser divertidos e excitantes de guiar, considero possível continuar mais tempo na Fórmula 1. Mas se o ‘feeling’ for o mesmo dos últimos anos, fico-me por ali».

Já Jenson Button que nem sabe ainda se correrá no próximo ano, mantém o seu inabalável optimismo e recorda-se até das sensações tidas há alguns anos, com carros que espera reencontrar em 2017. «Lembro-me de entrar na curva 5 de Jerez e de fechar um olho e pensar ‘será que isto se aguenta?!’. Não podíamos travar porque os pneus se deformavam e nem conseguíamos virar mais por a direcção ficar tão pesada».

Um dos mais experientes pilotos da actualidade, já perto do 300.º Grande Prémio, Button vê com bons olhos os carros do próximo ano: «Os carros actuais não nos assustam tanto como aqueles de antigamente, mas acho que os de 2017 nos vão dar de novo aquelas sensações e vão ser fenomenais!».

Claro que admite que um carro que será 20 kg mais pesado terá lados menos bons, mas o britânico resume: «Na qualificação ainda nos podemos divertir e penso que na corrida também recuperaremos esse factor. Acho que a Fórmula 1 está a fazer o que é certo para o próximo ano, com os pneus e a aerodinâmica. É claro que haverá sempre um ponto negativo e esse é o maior peso dos carros. Mas vai ser dado um grande passo em frente e na direcção certa em que o desporto precisa, o que é bom de ver».

Três cabeças… três sentenças e só é pena que a mais optimista seja do piloto suja continuação no próximo ano está mais em dúvida!

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