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F1 quer livrar-se do limite de 100 kg de combustível por corrida em 2017

As equipas de Fórmula 1 vão voltar a reunir-se na próxima terça-feira para limarem mais algumas arestas da regulamentação técnica para 2017. E uma das alterações a ser discutida é o fim do limite dos 100 kg de combustível por corrida, de forma a evitar que os pilotos passem grande parte da prova a poupar gasolina, podendo rodar quase sempre a fundo.

Devido às alterações aerodinâmicas – tudo indica, já definitivas – que tornarão os carros mais largos e aos pneus também mais largos, a resistência ao ar dos monolugares de 2017 será maior, o que implicará o aumento do consumo, para mais com motores que se pretendem mais potentes. «Será um fracasso se formos para 2017 com o limite dos 100 kg, porque os pilotos passarão a reduzir o andamento mais cedo para poupar combustível e toda a gente se queixará», disse Nick Chester, director técnico da Renault, um dos vários engenheiros a alertar para a possibilidade de os pilotos passarem a gerir mais do que atacar.

A solução não deverá, contudo, passar por uma abolição do limite, apesar de alguns construtores o desejarem. A Mercedes, por exemplo, opõe-se a essa medida, por achar importante a mensagem de preocupação de eficiência energética da actual F1. Daí que a solução possa passar por um aumento de 5 kg do actual limite, ou seja, para 105 kg de combustível por corrida. Recorde-se que, actualmente, raras são as provas em que as equipas usam os 100 kg a que têm direito, tal a extraordinária eficácia das unidades motrizes!

O responsável pela Fórmula 1 na Renault, Cyril Abiteboul, defende até o fim de qualquer limite de combustível, para que os pilotos possam acelerar sem constrangimentos: «Sou a favor que a F1 se mantenha F1, não devemos caminhar na direcção das provas de Resistência», disse. «Eu retiraria qualquer quantidade máxima de combustível das regras para retirar todo o negativismo que se instalou em torno desta nova tecnologia híbrida que é fantástica».

E explicou: «Fizemos um trabalho fabuloso ao reduzirmos o consumo em 30 a 40 por cento, mas esta mensagem fantástica acaba por ser destruída por esta limitação de combustível. Porque isso leva as pessoas a crerem que, actualmente, só nos preocupamos em gerir o combustível. Nada de mais falso, já na era dos V8 tínhamos essa preocupação porque isso faz parte da estratégia de corrida, é uma coisa normal!».

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