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Ferrari impediu que houvesse mais de três motores na época de 2018

Os temores de que, em 2018, as penalizações em lugares nas grelhas de partida sejam ainda piores do que este ano já têm um culpado: a Ferrari! Porque foi a Scuderia que, na última reunião do Grupo Estratégico da F1, se opôs a uma derradeira tentativa por parte da Red Bull para abandonar o limite dos três motores para as 21 corridas voltando, ao menos, à regra dos quatro motores para toda a época que vigorou este ano…

Aliás, o regulamento para 2018 é ainda mais restritivo, pois prevê três unidades para s 21 corridas do V6 térmico, do turbocompressor e do MGU-H, mas apenas duas do MGU-K, da bateria e da central de controlo electrónico… «Logo no início do ano tentei que a regra para 2018 fosse alterada, mas não recebi nenhum apoio», revelou Christian Horner. «Mas sempre achei que, com o decorrer da temporada e a acumulação de penalizações, percebessem que era a melhor coisa a fazer».

Tendo levado de novo o assunto a debate, esbarrou logo com a recusa por parte da Ferrari, com o argumento de que já tinha despendido muito tempo e dinheiro para se assegurar que os motores do próximo ano seriam suficientemente fiáveis para aguentarem a quilometragem extra que será necessária. Argumento, reconheça-se, perfeitamente válido, dado que, no fundo, a Scuderia apenas se esteve a preparar para as regras que aí vêm… e o problema é que, nesta altura, qualquer alteração das regras para o próximo ano obriga à unanimidade das equipas.

Contudo, pelo que se viu este ano, parece óbvio que, não querendo os «motoristas» abdicar das «performances» dos seus motores, vai ser muito complicado fazer com que eles durem tanto mais. Estamos a falar, grosso modo, de passar de 3500 para 5000 km por motor… O que significa que voltaremos a assistir a muitas corridas com os pilotos a gerirem a vida dos seus motores, muito mais que a atacarem e a andar depressa.

«Não gosto da ideia de termos apenas três motores, é uma treta», dizia Lewis Hamilton, após ter feito um G.P. do Brasil em que, pela primeira vez, não teve de se preocupar com a vida futura do seu grupo propulsor. «Devíamos poder forçar mais o andamento, o que falta à F1 são estes ‘sprints’». Pois, sr. Hamilton, ainda não é desta…

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