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G.P. da Áustria – Hamilton salvou-se num… «uups, they did it again!»

E lá voltaram os dois Mercedes a colidir num Grande Prémio, salvando-se por pouco de mais um duplo abandono. Com a agravante que, desta vez, seria a sete curvas do final do G.P. da Áustria, quando ambos discutiam a vitória… Do «encontro imediato» salvou-se Lewis Hamilton que ainda acelerou até ao 64.º triunfo, enquanto Nico Rosberg se arrastava com a asa sob o carro para conseguir um 4.º lugar que mitiga os danos e manteve a liderança do Mundial, agora com apenas 11 pontos de avanço.

Foi a mais emocionante corrida do ano, com muitas lutas por diversas posições e um final verdadeiramente… esmagador! Os dois pilotos da Mercedes usaram estratégias um pouco diferentes e, a certa altura, chegou a pensar-se que Rosberg tinha a corrida na mão, liderando a uma dúzia de voltas do final com pneus supermacios, face aos macios de Hamilton. Mas o britânico forçou o ritmo e aproximou-se do alemão, aproveitando também os problemas deste com o sistema «brake-by-wire» do seu carro.

As últimas voltas foram de luta intensa entre os dois, com Rosberg a aproveitar bem as dobragens para se defender. Quando ficaram com terreno livre, os pilotos de Mercedes entregaram-se a uma fantástica batalha, daquelas que valem várias corridas… mas que acabou mal: não tendo saído bem da curva 1 (provavelmente por falta de energia pelos problemas no sistema da regeneração da energia de travagem), Rosberg foi apanhado por Hamilton e defendeu-se por dentro, alongando ao máximo a travagem, ao ponto de «empurrar» o outro Mercedes para fora, até Hamilton virar o volante e pisar a asa dianteira do seu adversário!

O embate foi inevitável, Hamilton saiu de pista mas regressou e passou facilmente Rosberg cuja asa se meteu por baixo do monolugar acabando por se partir. O alemão foi até ao fim, devagar, perdendo dois lugares para Verstappen (Red Bull) e Raikkonen (Ferrari) que também vinham pegados numa outra luta emotiva que o jovem holandês conseguiu vencer. Rosberg ficou sob a alçada dos comissários por ter rodado com um carro em deficientes condições mecânicas… Ou seja, ainda não se sabe se conseguirá sequer guardar o 4.º lugar. Caso seja desclassificado perderá até o comando do Mundial!

O público austríaco deu imediatamente o seu veredicto quanto ao que acabar de ver, com uma enorme assobiadela a Hamilton no pódio. Na verdade, o britânico teve apenas uma pequena quota parte de culpa no incidente, apenas reagindo de forma vigorosa a uma defesa demasiado agressiva do alemão… «Estou na F1 para ganhar! Ele fez um erro na curva 1, eu tive oportunidade de ir por fora na curva 2, deixei-lhe espaço e mesmo assim bateu-me, talvez por estar com um problema de travões», comentou Hamilton.

Nestas coisas há sempre duas opiniões e Rosberg tem a sua versão: «Eu estava por dentro e é verdade que fui um pouco em frente na curva, por estar a lutar com os travões, mas era eu que ditava a trajectória e fiquei surpreendido quando o Lewis virou a causou a colisão. Sinto-me destroçado, porque acho que tinha a vitória na mão».

Para trás tinha ficado uma corrida dominada pelos Mercedes, em que a Ferrari bem tentou uma estratégia que os surpreendesse mas onde se viu que não havia qualquer hipótese… Para mais quando, numa tentativa de fazer durar os seus pneus ao máximo, Sebastian Vettel sofreu o rebentamento do traseiro-direito em plena recta da meta, abandonando… logo no dia do 29.º aniversário. «Não houve qualquer aviso, as pressões estavam normais, não fazemos ideia do que se terá passado», comentou o alemão, enquanto a Pirelli apontava para a hipótese de um detrito na pista ter causado o incidente.

Com isto, Max Verstappen emergia como o melhor dos Red Bull, defendendo-se muito bem do ataque de Kimi Raikkonen ao demonstrar uma arte notável em fazer durar os pneus médios quase 60 voltas! O jovem holandês deu um «banho» ao colega de equipa, conseguindo mais um pódio na F1!

Se não tivesse sido uma corrida com tantos incidentes, tantas lutas, enfim, tanta emoção, o grande destaque do dia teria de ir, certamente, para Pascal Wehrlein! O «campeão do futuro» conseguiu dar os primeiros pontos à Manor, com uma corrida soberba em que estava no último lugar quando o «safety car», provocado pelo incidente de Vettel, saiu da pista. Depois foi sempre a subir e beneficiou, mesmo no final, dos abandonos de Alonso e Perez.

A Force India acabou por ter um dia para esquecer! A Hulkenberg tudo aconteceu, com um carro que escorregava por todo o lado, destruindo os pneus e acabou por desistir por problemas de travões. O mesmo que provocou o despiste de Perez na última volta… e outro abandono. Classificação:

PosPilotoEquipaTempo/Dif.Boxes
01 Lewis Hamilton Mercedes 1.27.38,107 h 4
02 Max Verstappen Red Bull a 5,719 s 3
03 Kimi Raikkonen Ferrari a 6,024 s 3
04 Nico Rosberg Mercedes a 16,710 s 4
05 Daniel Ricciardo Red Bull a 30,981 s 4
06 Jenson Button McLaren a 37,706 s 4
07 Romain Grosjean Haas a 44,668 s 3
08 Carlos Sainz Toro Rosso a 47,400 s 3
09 Valtteri Bottas Williams a 1 volta 4
10 Pascal Wehrlein Manor a 1 volta 4
11 Esteban Gutierrez Haas a 1 volta 4
12 Jolyon Palmer Renault a 1 volta 4
13 Felipe Nasr Sauber a 1 volta 3
14 Kevin Magnussen Renault a 1 volta 4
15 Marcus Ericsson Sauber a 1 volta 4
16 Rio Haryanto Manor a 1 volta 4
17 Sergio Perez Force India a 1 volta 4
18 Fernando Alonso McLaren Travões 5
19 Nico Hulkenberg Force India Travões 6
20 Felipe Massa Williams Prob. mecânico 5
21 Sebastian Vettel Ferrari Rebentamento de penu 0
22 Daniil Kvyat Toro Rosso Prob. mecânico 0

O Mundial de Fórmula 1 regressa já no próximo fim-de-semana, com o G.P. da Grã-Bretanha, em Silverstone.

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