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G.P. da Hungria – Vettel supersónico e Ferrari fica com a frente da grelha!

Confirmou-se o domínio da Ferrari na qualificação para o G.P. da Hungria, com Vettel e Raikkonen a monopolizarem a primeira linha da grelha de partida! Se o alemão esteve quase sempre a controlar a luta pela «pole», o finlandês conseguiu juntar-se mesmo no último segundo para a grande festa dos «tifosi». Mas Vettel avisa: «Fico muito contente mas a missão principal é amanhã e vai ser bem longa!».

Pelo caminho conseguiu a primeira «pole» da Ferrari no Hungaroring… desde Schumacher em 2005, a sua 48.º e a 221.ª da Scuderia. Mas, muito mais que os números, o que encantará Vettel é ter o colega de equipa a seu lado e o principal rival na luta pelo título na 4.ª posição (a largar do lado sujo…), numa pista em que ultrapassar é sempre tão difícil. Se era em Budapeste que a Ferrari tinha de travar a recuperação que a Mercedes vinha fazendo, começou-o da melhor maneira!

Como o fez? «Trabalhámos até muito tarde, ontem à noite, para acertarmos com as afinações e extrairmos o potencial que sabíamos que o carro tinha», contou Maurizio Arrivabene. Descodificando: ontem, após o primeiro treino em que guiou o Haas, Antonio Giovinazzi (piloto de testes da Ferrari) voou para Fiorano onde fez uma longa noitada no simulador, com uma vasta equipa de engenheiros; e o que foram descobrindo foi passado para a pista húngara, com as novas afinações a serem introduzidas no SF70H hoje de manhã, com os resultados a aparecerem logo no treino livre! Por isso escrevíamos ontem que de sexta para sábado há sempre quem «tire um coelho da cartola»…

No Q1 o destaque foi o quão perto Verstappen ficou de Vettel (22 milésimos), prometendo luta para o resto da qualificação, com Raikkonen e Hamilton dentro de 0,25 s. Ricciardo e Bottas teriam de se aplicar mais para se envolverem na luta. Quanto aos eliminados, o grande azarado foi Kevin Magnussen que foi 16.º… com o mesmo tempo à milésima do 15.º Perez, mas feito depois, sendo por isso o primeiro dos que não passou ao Q2! Os outros foram os dois Williams e os dois Sauber, mas há que destacar o excelente trabalho de Paul di Resta que se sentou pela primeira vez no FW40 e, ao fim de algumas voltas, ficou a menos de oito décimos do colega de equipa.

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Hamilton declarou «guerra» a Vettel no Q2 quando, finalmente, conseguiu fazer uma volta limpa e bateu o alemão por um décimo. Com Verstappen a três décimos, tínhamos um trio para se bater pela «pole»! Já Ricciardo tinha uma sessão discreta, sendo até passado por Hulkenberg… Ambos os McLaren passaram com alguma facilidade ao Q3 e Palmer falhou por 0,12 s lá colocar o segundo Renault, não batendo Sainz (Toro Rosso). Os outros eliminados no Q2 foram os dois Force India (a equipa nunca se deu bem com esta pista…), Kvyat (Toro Rosso) e Grosjean (Haas) que, assim, largará um lugar à frente do colega de equipa que tinha sido eliminado no Q1… Kvyat irá partir de 16.º por ter recebido uma penalização de três lugares e mais um ponto na superlicença (está a dois de ser suspenso por uma corrida!) por ter bloqueado Stroll no Q1...

Chegado ao momento de todas as decisões, Vettel arrasou com 1.16,272 (menos 3,7 s que a «pole» de 2016!), enquanto Hamilton voltou a encontrar problemas de instabilidade, abortando a sua volta depois de uma saída de pista na rápida curva 4. O alemão dominava a situação, com Bottas a 0,355 s e Verstappen já a meio segundo. Hamilton colocava-se a si próprio sob pressão, ficando com uma única hipótese de marcar um tempo e foi para a pista antes das segundas tentativas dos rivais.

O britânico voltou a queixar-se de vibrações dos pneus e ficou em apuros quando nem conseguiu bater a marca já estabelecida pelo colega de equipa… Ficava, na altura, em 3.º, enquanto Bottas ainda conseguia melhorar o seu tempo e Vettel continuava a voar, com dois sectores mais rápidos mas estragando a volta no último. O tempo da primeira tentativa tinha sido, contudo, mais que suficiente! «O carro esteve incrível todo o dia, demos um grande salto em frente. Trabalhámos muito depois da última corrida que não foi boa e estou muito contente com o ponto onde estamos como equipa. Monopolizarmos a primeira linha foi incrível!».

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Mas a Ferrari teria, mesmo no último suspiro da qualificação, a cereja no topo do bolo, quando Kimi Raikkonen fez uma volta soberba, ficando perto do colega de equipa e relegando o Mercedes de Bottas para a segunda linha. «O início da volta foi muito bom mas perdi algum tempo na chicane… Isso deixou-me um pouco desapontado. Até agora está tudo a correr bem, mas amanhã vai ser uma longa luta», declarou o finlandês perante uma bancada cheia de compatriotas que também celebraram o 3.º tempo de um Bottas… resignado: «Os Ferrari foram rápidos nos treinos todos, têm um carro mais rápido, têm tudo certo para esta pista. Nós ainda temos trabalho a fazer em pistas como estas, o nosso carro não tem o desempenho que pretendemos. Mas corrida é longa e tudo é possível..».

Em situação delicada ficou Lewis Hamilton, não só por largar do lado sujo da pista mas também por ter o irrequieto Max Verstappen logo atrás e do lado com mais borracha! «Não tem sido o fim-de-semana mais fácil…», disse o britânico. «O carro até tem estado bastante bem e rápido, menos nas voltas do Q3… E os Ferrari estão bastante rápidos». O seu moral para a corrida não é, evidentemente, o melhor: «Aqui não se consegue ultrapassar, vai ser uma espécie de um comboio, a não ser que consigamos fazer algo com a estratégia».

A terceira linha da grelha ficou para os dois Red Bull mas com sentimentos muito diferentes, Verstappen satisfeito por ter evoluído muito e resolvido os problemas sentidos no primeiro dia de treinos. «Mudámos muita coisa no carro e lá encontrámos o que precisávamos e que me deixa muito confiante para a corrida». Já Ricciardo mostrava-se desapontado por, depois de ter dominado o primeiro dia de treinos, não ter conseguido recuperar dos problemas hidráulicos do treino da manhã, não mais encontrando o seu ritmo…

A prenda de 36.º aniversário de Alonso será largar do 7.º posto – perante a despromoção de Hulkenberg ao 12.º lugar, pela penalização por ter mudado a caixa –, numa belíssima actuação dos McLaren. Assim a fiabilidade não lhes estrague a corrida e poderá ser o grande resultado do ano, pois têm andamento bem mais rápido que a concorrência que vem de trás. Tempos da qualificação:

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Ao largar da «pole», Sebastian Vettel tem necessariamente de ser considerado o principal candidato à vitória na corrida de amanhã que começa às 13 horas de Portugal Continental e Madeira, num total de 70 voltas aos 4,381 km do Hungaroring.

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