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G.P. do Brasil – Mercedes entraram cheios de pressa e vontade de vencer

Num primeiro treino livre que, ao contrário do que indicavam todas as previsões, foi disputado sob um sol esplendoroso e forte calor, os Mercedes entraram no G.P. do Brasil quase… impacientes para se mostrarem um degrau acima do restante pelotão, despacharam-se a «derreter» o recorde absoluto da pista brasileira, velho de 13 anos (o que mais dois pilotos fariam e Riciardo falhou por 0,006 s), e começaram logo a trabalhar para a corrida. Hamilton bateu Bottas por 0,127 s e deixou o resto da concorrência a mais de meio segundo, mas o «carnaval» ainda agora começou!

Esta sessão de treinos que teve a particularidade de juntar quatro campeões já de 2017 na mesma pista: Lewis Hamilton (F1), Brendon Hartley (WEC), Charles Leclerc (F2) e George Russell (GP3)! Raramente se vê um alinhamento de astros como este… A pressa em cumprir um detalhado plano de trabalho na parte da manhã também estaria relacionada com a meteorologia que continuava a apontar para o aparecimento da chuva, provavelmente pouco antes do segundo treino. Assim, era a única oportunidade de rodar nas condições em que se deverá correr no domingo…

Os carros prateados fizeram um rápido reconhecimento e «check up» das afinações, montaram pneus supermacios… e lá se foi o 1.09,822 s que Rubens Barrichello tinha feito na primeira qualificação de 2004 e que se mantinha como a volta mais rápida alguma vez feita a esta versão de Interlagos. Hamilton e Bottas passaram muito essa marca – o britânico ainda apanhou um susto com Hulkenberg, tendo de fazer uma manobra evasiva para fora da pista – e, amanhã, se a qualificação for com a pista seca (há dúvidas…), o segundo 1.08 será tão «invadido»… que até o segundo 1.07 se arrepiará!

Atrás deles, Kimi Raikkonen (Ferrari) e Max Verstappen (Red Bull) fizeram todo o treino praticamente com pneus supermacios e ficaram a pouco mais de meio segundo de Hamilton. Será esta a diferença de velocidade absoluta para os Mercedes? Mas também nas voltas de simulação de corrida os já campeões do Mundo se mostraram cerca de meio segundo por volta mais rápidos que os rivais, embora aqui seja sempre difícil de julgar, por não se saber com que carga de combustível cada piloto estaria a rodar. Mas notaram-se alguns problemas de desgaste exagerado no pneu frente-esquerdo, com a pista muito quente, como deverá estar no domingo…

Querendo iniciar bem a sua despedida da «torcida», Felipe Massa começou na frente a corrida do segundo pelotão – aparentemente mais perto dos Mercedes, mas em Interlagos a volta é tão rápida que as diferenças são mais curtas –, liderando os dois McLaren que, finalmente, vão fazendo progressos de prova para prova! Vandoorne está, finalmente, a guiar um carro com as mesmas especificações do de Alonso e não se deu nada mal…

A separá-los ficou Esteban Ocon, a mostrar que a Force India está a competir, de novo, pelos lugares do meio do «top ten». Mas a equipa terá ficado particularmente satisfeita com a estreia proporcionada ao jovem britânico George Russell (afinal com o n.º 35 e não o esperado 63) que, sem nunca ter guiado nem o VJM10 nem em Interlagos, terminou a apenas seis décimos do francês e sem erros. Congratulations!

Nestas substituições em treinos livres, Charles Leclerc ocupou o lugar de Pascal Wehrlein num Sauber bastante modificado a pedido do alemão e foi mais rápido que Ericsson. Já Antonio Giovinazzi deveria ter guiado o Haas de Magnussen mas, perante tempo tão bom e com tanto trabalho para fazer, o italiano foi passado para o treino da tarde… quando deve chover.

E claro, já cá faltavam as penalizações… Os dois Toro Rosso ainda foram para a pista com as unidades motrizes usadas no México, rodando com todo o cuidado para ver se conseguiriam aproveitá-las, mas ficaram com a sessão prematuramente estragada. Gasly e Hartley terão de montar novo MGU-H, tal como Ricciardo (Red Bull), o que valerá aos três dez lugares de penalização na grelha. Mas os pilotos dos «Toros» deverão sofrer ainda mais… Tempos da primeira sessão de treinos livres:

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De acordo com as previsões meteorológicas, é provável que a chuva apareça pouco antes do início da segunda sessão de treinos livres que arranca às 16 horas de Portugal Continental e Madeira. Se se confirmar, será um treino em que os pilotos nada aprenderão para a corrida, mas em que lhes convirá rodar para aprenderem como tirar o máximo dos seus carros, caso a qualificação se realize, como parece haver grandes probabilidades, debaixo de chuva.

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