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G.P. do Japão – Rosberg avança para o título, Mercedes… já lá está!

Nico Rosberg deu importante passo em direcção ao primeiro título mundial de F1, com vitória senhorial no G.P. do Japão. Não só aumentou a sua vantagem sobre Lewis Hamilton (que apenas foi 3.º) para 33 pontos, como coroou com um triunfo a festa da Mercedes pelo terceiro título de Construtores consecutivo! «Que grande fim-de-semana e parabéns pelo título de Construtores!».

Mais ainda, para Rosberg esta vitória significou um forte golpe psicológico na luta com Hamilton pelo título: sendo de 8 pontos a diferença entre o 1.º e o 2.º lugar em cada corrida e faltando quatro Grandes Prémios para o final – EUA, México, Brasil e Abu Dhabi –, o alemão poderá ser sempre segundo, mesmo que Hamilton vença todos para se sagrar campeão! No entanto, a concorrência da Red Bull começa a estar mais apertada…

Horas antes do início da corrida houve logo um anticlímax, com o recuo de Kimi Raikkonen do 3.º para o 8.º lugar da grelha, por a Ferrari ter tido de trocar a caixa de velocidades do seu carro. E a partida trouxe outro, com mais um arranque falhado de Hamilton a deixar Rosberg sozinho no comando…

Houve, basicamente, um problema geral para quem largava do lado direito da grelha, onde o piso estava ligeiramente húmido, com todos a perderem posições. Mas foi Hamilton quem perdeu mais, sendo «engolido» pelo pelotão, baixando a 8.º e perdendo todas as esperanças de ganhar pontos a Rosberg. «Desculpem, malta», dizia pelo rádio. «Não ‘stresses’ Lewis», respondia-lhe o engenheiro, sabendo que havia muita corrida pela frente e muitos lugares a recuperar. «A parte húmida não teve nada a ver, apenas cometi um erro e depois tentei fazer o melhor que pude», contaria no final.

Rosberg ficava com a corrida na mão, mesmo ao seu jeito. Atrás de si, Verstappen (Red Bull) não conseguia seguir o seu ritmo e preocupava-se com um Sebastian Vettel (Ferrari) que fizera uma boa largada e o tentava pressionar. Quando se apanha na liderança da corrida, sem o outro Mercedes a incomodá-lo, o alemão gere as corridas na perfeição, forçando apenas o necessário para ganhar o avanço que lhe permita gerir tudo sem esforçar a mecânica. E assim foi em velocidade de cruzeiro para a 23.ª vitória e uma liderança mais desafogada do campeonato!

«Foi um fim-de-semana muito especial, desde o primeiro minuto, numa pista fantástica!», exultava Rosberg. «Senti-me sempre muito bem e consegui controlar perfeitamente a corrida. Acima de tudo, é um terceiro título de Construtores para a Mercedes muito merecido. Vamos comemorá-lo… mas não em demasia por ainda temos muita época pela frente!».

Atrás, contudo, as coisas estiveram mais agitadas, em grande parte pela recuperação de Hamilton. Quando chegou a altura de as equipas se desfazerem dos pneus macios e montarem os duros, o seu Mercedes ganhou nova vida e o tricampeão do Mundo começou a subir por ali acima. Certo que teve uma enorme ajuda por parte de Jolyon Palmer (Renault) que, lutando por posição, atrasou ligeiramente Raikkonen e Perez, permitindo-lhe ganhar duas posições.

Mas depois forçou o andamento com os pneus duros, de forma a passar Vettel na paragem nas «boxes» – o alemão da Ferrari ainda arriscou montando macios… o que só lhe deu um final penoso de corrida… – e rapidamente se chegou à traseira de Verstappen para um grande final! Foram sete voltas em que o holandês se defendeu de forma brilhante, garantindo que acumulava o máximo de energia no sistema híbrido para sair melhor da chicane final e, assim, defender-se na recta da meta, zona onde Hamilton poderia usar o DRS.

Hamilton fez uma última tentativa desesperada na travagem para a chicane na penúltima volta – a lembrar a famosa cena de Prost e Senna, em 1989! –, mas teve de exagerar e foi em frente. Verstappen garantia um brilhante 2.º posto! «Fiz uma boa partida e, depois, tivemos uma grande estratégia para lutar com os Mercedes», disse o holandês que, em relação ao duelo com Hamilton, comentou: «A pressão foi grande, mas tinha conseguido poupar os pneus para o último turno e aquele momento que ele teve na última chicane acabou por me tranquilizar».

Com um desgaste rápido dos pneus macios, Vettel teve um final de corrida mais cuidadoso e a rodar sozinho, ficando fora do pódio de Suzuka pela primeira vez… desde 2009. Pelo menos teve o gosto de ficar à frente do colega de equipa Kimi Raikkonen, o que este ano nem sempre tem sucedido… O finlandês fez uma corrida algo solitária, tal como Daniel Ricciardo que teve um domingo discreto, bem diferente do que se passou há uma semana, na Malásia. Desta vez, as botas foram secas para dentro da caixa…

Os dois Force India seguiram-se à vista, com Perez a superiorizar-se a Hulkenberg. Já os Williams, repetindo a estratégia de apenas uma paragem, conseguiram suplantar o Haas de Grosjean, na segunda corrida do ano em que, caso raro, terminaram todos os pilotos. A 7.ª vez na história do Mundial de F1 e segunda vez consecutiva no Japão! Classificação:

PosPilotoEquipaTempo/Dif.Box
01 Nico Rosberg Mercedes 1.26.43,333 h 2
02 Max Verstappen Red Bull a 4,978 s 2
03 Lewis Hamilton Mercedes a 5,776 s 2
04 Sebastian Vettel Ferrari a 20,269 s 2
05 Kimi Raikkonen Ferrari a 28,370 s 2
06 Daniel Ricciardo Red Bull a 33,941 s 2
07 Sergio Perez Force India a 57,495 s 2
08 Nico Hulkenberg Force India a 59,177 s 2
09 Felipe Massa Williams a 1.37,763 m 1
10 Valtteri Bottas Williams a 1.38,323 m 1
11 Romain Grosjean Haas a 1.39,254 m 2
12 Jolyon Palmer Renault a 1 volta 1
13 Daniil Kvyat Toro Rosso a 1 volta 2
14 Kevin Magnussen Renault a 1 volta 1
15 Marcus Ericsson Sauber a 1 volta 1
16 Fernando Alonso McLaren a 1 volta 2
17 Carlos Sainz Toro Rosso a 1 volta 2
18 Jenson Button McLaren a 1 volta 2
19 Felipe Nasr Sauber a 1 volta 1
20 Esteban Gutierrez Haas a 1 volta 2
21 Esteban Ocon Manor a 1 volta 2
22 Pascal Wehrlein Manor a 1 volta 2

O Mundial deixa agora a Ásia até Abril do próximo ano (quando voltar para a China) e vai mudar-se para o continente americano, para três provas, de norte a sul: Estados Unidos (Austin, Texas), dentro de duas semanas, México e Brasil.

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