A segunda sessão de treinos livres do G.P. do México foi tão agitada e cheia de problemas para tantos pilotos que… chegou a ser confusa! Mas terminou com Daniel Ricciardo na frente e a aparência de que os Red Bull (e pelos vistos também os Ferrari) poderão, afinal, estar mais perto dos Mercedes dos que os primeiros treinos tinham deixado entender.
Antes, porém, um alerta: nem a cronometragem fugiu aos inúmeros problemas que se registaram nestes treinos – a rarefacção do ar, a 2200 m de altitude, anda a fazer mal a muita coisa… – e nem todos os pilotos aparecem na tabela de tempos com os pneus que realmente usaram. Por exemplo, Ricciardo fez o seu tempo, que bateu o recorde estabelecido de manhã, por Bottas, em 0,02 s, com pneus ultramacios, apesar disso não se visível na tabela. O mesmo é válido para Sergio Perez, o mais rápido dos Force India mas com os pneus púrpura e não com os amarelos de mistura macia…
A Red Bull tem vindo a evoluir o RB13 e Verstappen já testou até, na primeira sessão, alguns componentes a pensar no carro do próximo ano. A verdade é que a competitividade do chassis tem subido em flecha e o tempo conseguido por Ricciardo é prova disso. É verdade que Hamilton ficou a apenas 0,13 s e porque fez um pião numa zona rápida da pista numa primeira tentativa e, na segunda, o MGU-H não funcionou correctamente. Mas o que conta é a rapidez demonstrada por Ricciardo e Verstappen, este mais uma vez afectado por um «stress» com o motor. «Mas era um motor já antigo por isso não deve haver problemas», disse o holandês.
Vettel teve um início de treino bizarro, quando perdeu algum tempo nas «boxes» para os mecânicos lhe limparem o carro por ter, inadvertidamente, accionado o extintor… Depois, contudo, mostrou-se rápido, dento do grupo da frente e com um andamento de corrida muito semelhante ao de Hamilton, com pneus macios e carga máxima de combustível. Nessas condições, tanto Mercedes como Ferrari mostraram-se um pouco melhores que os Red Bull.
«No ritmo de corrida ainda temos de encontrar mais qualquer coisa mas, em condições de qualificação, estamos mais ou menos lá», dizia Ricciardo. «Já sabemos que a Mercedes, ao sábado, consegue sempre mais alguns cavalos, pelo que teremos de encontrar mais alguns décimos no chassis se quisermos dar-lhes luta. Mas parece-me que, nestas últimas três provas, estaremos bem perto das duas equipas da frente», prometeu.
Numa pista em que os turbos são chamados a trabalho extra para conseguirem levar mais ar às câmaras de combustão – ou, com mais rigor, o mesmo ar a partir de uma atmosfera mais rarefeita –, o motor Honda voltou a surpreender pela positiva, com Alonso a se o melhor do segundo pelotão! Pena que os dois carros da McLaren estejam já tão fustigados de penalizações…
Sem o espanhol à frente, vai se muito curiosa a luta entre os Force India e os Renault, desta feita com Perez mais rápido que Ocon – que se queixava de o seu carro estar a fugir para a esquerda nas rectas, deixando a dúvida se teria ficado bem reparado depois do acidente de Celis, na primeira sessão –, enquanto Hulkenberg se impunha a Sainz. O alemão da Renault terminaria prematuramente a sua sessão, mas não foi o único: Grosjean fez um pião logo no início devido a um furo e deixou a pista cheia de detritos, já não voltando a sair. E Gasly também pouco andou devido a um problema com a bateria, dificuldade extra pois o francês já não andara de manhã, com o seu carro entregue ao indonésio Gelael. Tempos da segunda sessão de treinos:
Amanhã o programa será ligeiramente diferente do de hoje. Começará com os 60 minutos de treinos livres, a partir das 16 horas de Portugal Continental e Madeira, para a qualificação se seguir, a partir das 19 horas.
