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Incógnitas do Halo podem atrasar testes de pré-época para algumas equipas!

As equipas de Fórmula 1 estão com dificuldades em terminar o projectos dos seus monolugares para a próxima temporada por lhes faltarem alguns dados fundamentais acerca da utilização do Halo que a FIA decretou como obrigatório. Nomeadamente a forma como serão levados a cabo os testes estáticos de carga na zona do habitáculo, o que tem óbvia implicação na rigidez de toda a estrutura. Uma complicação inesperada que poderá até pôr em causa o início dos testes de pré-temporada, previstos para 28 de Fevereiro!

«A FIA forneceu-nos um esquema geral da instalação [do Halo] no chassis e das cargas que os pontos de ancoramento deverão suportar. Mas ainda nos falta toda a configuração para o teste do chassis e, sem essa informação, não poderemos validar o chassis», explicou o director técnico da Force India, Andy Green.

Que alerta para a urgência que todo este processo começa a tomar, numa fase em que os projectos têm de ser validados, de forma a poder começar a construção dos mais de cinco mil componentes que fazem um F1… «Cada minuto conta. Esta opção foi confirmada muito tarde, fomos todos surpreendidos pelo facto de o Shield ter sido posto de lado e o Halo escolhido para o próximo ano. Isso pode comprometer o nosso programa de desenvolvimento ao ponto de não saber se conseguiremos participar nos primeiros testes pré-temporada».

Aquilo que está a faltar às equipas são os valores das cargas que serão aplicadas sobre estrutura do Halo durante um certo período de tempo, nos chamados testes estáticos que complementam os «crash tests» que servem para homologar os monolugares. E os valores dessas cargas influenciam as forças a que as monocoques (onde o Halo assenta) serão sujeitas. Ou seja, sem saber aqueles valores, todo o projecto da monocoque – que é a peça que mais tempo demora a construir, por ser uma grande estrutura toda em fibra de carbono, cozida por inteiro em imensas autoclaves – tem de ficar em «stand by»…

Por outro lado, a FIA deu alguma liberdade às equipas de desenharem a parte superior do Halo como quisessem, mas para isso têm de ter conhecimento daqueles dados. «a solução que vamos encontrar influencia a forma como desenhamos o chassis e a sua robustez, pois as cargas são transmitidas em função da geometria. E, para já, não temos essa informação indispensável», explica Andy Green, pondo a descoberto o problema da decisão tão tardia (em Julho) da adopção do Halo para 2018: está tudo a ser feito um pouco em cima do joelho o que, tratando-se de um elemento de segurança, não é mais aconselhável…

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