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Liderança de Ecclestone volta a ser posta em causa… mas terá consequências?

A liderança de Bernie Ecclestone dos destinos da F1 terá sido hoje posta fortemente em causa numa reunião de accionistas da Delta Topco, a companhia que detém verdadeiramente o controlo dos direitos comerciais da disciplina. Segundo o diário britânico «Telegraph», nessa reunião iria ser distribuído um dossier com uma análise bastante negativa dos últimos anos da F1 sob o comando de Ecclestone, com uma mensagem clara para os responsáveis da empresa se irem preparando para um futuro sem o velho «Mr. E»…

O referido relatório, elaborado por Jean-Marc Huët, aponta, segundo o jornal, para uma estagnação dos lucros, falta de novos patrocinadores, constantes indefinições nos regulamentos e braços-de-ferro entre equipas e a falta de pessoas à altura de suceder a Ecclestone. Era também expectável que «Mr. E» fosse alvo de severas críticas por ter manchado a imagem da F1 em vésperas do arranque da nova temporada, com as bombásticas declarações recentemente proferidas…

Apesar de a situação parecer carregada para o seu lado, ninguém parece, contudo, contestar ainda a posição de Ecclestone à frente dos comandos da F1, apesar dos seus 85 anos e de uma boca cada vez mais descontrolada… Pelo menos enquanto a CVC mantiver uma posição maioritária, já que Donald MacKenzie, o seu proprietário, é confesso admirador de Ecclestone e tem-se mantido a seu lado mesmo durante as maiores «tempestades». Como a acusação de suborno na Alemanha que Ecclestone resolveu com um acordo extrajudicial de cerca de 77 milhões de euros…

A verdade é que as muitas notícias, nos últimos anos, da «morte» iminente de Ecclestone enquanto líder da F1 mostraram-se sempre exageradas… E ainda ontem «Mr. E» comentava: «Na última reunião da administração referi que alguém devia analisar o estado das coisas e se estávamos a fazer tudo bem. Agora, vamos falar do estado do negócio e talvez também de pessoas».

Apesar de a Fórmula 1 gerar uma volume de negócios a rondar os 715 milhões de euros, cerca de 460 milhões são redistribuídos pelas equipas, pelo que os lucros já não estão a satisfazer os actuais detentores dos direitos comerciais… Por outro lado, a CVC travou a aguardada entrada da F1 na bolsa de Singapura, enquanto o interesse demonstrado, em tempos, por um consórcio liderado pelo milionário norte-americano Stephen Ross em comprar a maioria do controlo da F1 nunca deu em nada.

Ou seja, Ecclestone volta a ir a jogo, mostrando que só ele sabe mexer nas pedras do tabuleiro da Fórmula 1. E, até ver, ninguém conseguiu ainda arranjar alguém que pareça estar à altura de o substituir. Atendendo aos seus 85 anos, a F1 começa a correr o risco de, um dia, se ver com um grave problema nos braços que pode originar uma violenta «guerra» de interesses… que lhe poderá ser fatal!

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