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Nova ideia para a qualificação é… ligar o «complicómetro»!

A reunião entre os directores das equipas de Fórmula 1, Bernie Ecclestone e Jean Todt para debaterem as alterações ao sistema de qualificação – que voltou a proporcionar um espectáculo frouxo no Bahrain – não chegou a uma conclusão palpável, até porque nem Ecclestone nem Todt querem voltar ao sistema usado em 2015.

Preocupante foi a sugestão que fizeram e que poderá tornar a qualificação num exercício ainda mais complexo para quem esteja a acompanhar o treino quer pela televisão e, pior ainda, para quem esteja nos circuitos! A ideia é que o tempo que conta, de cada piloto, seja a soma de duas voltas rápidas em cada uma das três sessões, garantindo assim que haveria sempre carros em pista…

Claro que haveria muita coisa a esclarecer, por exemplo a gestão e regras da utilização dos pneus durante a qualificação. Ou, numa situação que diz mais aos fãs (mas que parece preocupar pouco quem decide…), imaginar o caso em que um piloto batesse o recorde da pista mas tivesse um problema na segunda volta… Como encarariam os fãs o facto de o piloto mais rápido de todos ter de partir de trás só por não ter conseguido somar dois tempos?... É a F1, uma vez mais, a ligar o «complicómetro»!

«Foi uma discussão animada mas saudável», declarou Christian Horner, director da Red Bull. «Claro que a qualificação foi profundamente discutida e as equipas gostariam de voltar ao sistema de 2015, mas o promotor [Ecclestone] e a FIA [Todt] não pareceram muito disponíveis. Foi colocado um compromisso em cima da mesa e as equipas têm até quinta-feira para o estudarem. Sinceramente é melhor que o que temos agora, mais próximo do sistema do ano passado, mas temos de o analisar melhor».

«Os pneus são a chave para percebermos melhor como tudo poderá funcionar», acrescentou Horner que confirmou que a opção de regressar pura e simplesmente ao sistema de 2015 nunca foi posta na reunião. «Disseram-nos apenas que não é de todo possível, por isso temos de seguir em frente e arranjar outra solução».

O que nos leva a uma declaração ontem proferida por Toto Wolff, director da Mercedes: «Se alguém puser uma pedra no sistema para nos impedir de introduzir as mudanças necessárias na qualificação, devemos publicamente ‘crucificá-lo’ no ‘paddock’!». Vai começando a ser tempo de apontar dedos…

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