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O que os quatro «halonistas» de serviço acharam das limitações à visibilidade

É verdade que, pelo menos, dois dos quatro pilotos que testaram hoje a estrutura em halo como protecção do habitáculo dos seus monolugares já partiram para a experiência numa posição de simpatia pela estrutura. Mas a verdade é que a reacção geral foi positiva e nenhum dos quatro falou em quaisquer problemas de visibilidade, nem mesmo na transição entre a descida para Eau Rouge e a íngreme subida do Raidillon, a parte mais temida.

Ricciardo (Red Bull), Hulkenberg (Force India) e Sainz (Toro Rosso) praticamente só fizeram a volta de instalação com o dispositivo montado, mas Rosberg (Mercedes) fez duas séries de várias voltas com o halo, tendo mesmo marcado o melhor tempo da sessão matinal com pneus macios e aquela estrutura no seu carro. «Valeu a pena experimentar e acho que fizeram um excelente trabalho com a estrutura, pois não me colocou quaisquer problemas de visibilidade», declarou o alemão.

Numa das suas paragens na «box» não passou despercebida a forma curiosa como Lewis Hamilton veio espreitar o seu carro… «Sei que não é muito bonito visto de fora, mas aumenta e muito a segurança, acho que é uma coisa boa», acrescentou Rosberg antes de se referir à passagem por Eau Rouge: «Não tive qualquer problema, foi fácil. Nem se nota a parte superior. Acho que podemos ultrapassar essa ideia até porque qualquer habitáculo de LMP1 é mais baixo e é claro que se consegue ver».

Daniel Ricciardo ficou-se por um «não foi muito mau», embora seja suspeito por… ter outros interesses. «É obviamente um projecto em desenvolvimento. Foi a primeira vez que o experimentei, tal como experimentei o Aeroscreen, mas é algo totalmente diferente. Mas foi bom testá-lo aqui, será bom testá-lo até ao fim da temporada e dar um ‘feedback’».

E o australiano nem precisou de pedir que o director de prova, Charlie Whiting, tratou disso: «Esta noite vou dar a minha opinião, foi-nos entregue um questionário, por isso tenho trabalho de casa! As primeiras impressões não foram más, mas há algumas áreas em que é preciso trabalhar. Mas no geral não foi mau».

As quatro equipas aproveitaram também para recolher dados acerca da circulação de ar em torno da estrutura e da influência na eficácia do arrefecimento do motor. Mas a visibilidade do piloto era o que estava em foco e se Carlos Sainz aprovou o halo (ele que já era fã até antes do teste…), Nico Hulkenberg – que até correu já num Porsche de LMP1, ganhando Le Mans – precisava de mais tempo.

«Foi uma sensação estranha, ter ali algo que me limitava foi, obviamente, uma nova experiência. Devo dizer que a visibilidade não era má, acho que esse não é um problema. Vai demorar a habituar-me e, apenas com a volta de instalação, não dá sequer para me conseguir adaptar», referiu o alemão que também foi alvo da «inveja» do colega de equipa, com Sergio Perez a meter o nariz no seu carro. «Precisava de mais quilómetros de testes para ter uma opinião mais concreta», disse.

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