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Partida abortada, comissários «macios» e outras histórias do G.P. da Austrália

Além da tremenda luta entre Ferrari e Mercedes – sim, já sabemos, não houve «corpo-a-corpo», mas a luta esteve lá, não tenhamos dúvida, em pressão intensa de parte a parte! –, houve outros episódios no G.P. da Austrália que vale a pena recuperar.

PARTIDA ABORTADA – Quando os pilotos se preparavam para arrancar, os semáforos passaram a amarelo/verde intermitente sem que ninguém percebesse porquê… Havia o lugar de Ricciardo vago na grelha, dois carros que não estavam colocados com todo o rigor (Perez e Hulkenberg) mas nada que levasse a abandonar o procedimento de partida… E que retiraria uma volta ao G.P. da Austrália que ficou com apenas 57.

No final, Charlie Whiting, director de prova, explicou o sucedido: «Reinava alguma confusão na grelha e só carrego no botão para se apagarem as luzes vermelhas quando tenho a certeza de que está tudo sob controlo. Parece que o Perez estava numa posição incorrecta antes de avançar um pouco, enquanto o comissário colocado junto ao carro de Kvyat assinalou um problema. Pessoalmente não via nada de anormal, nem os meus colegas da direcção de corrida. Sob a pressão, pode ser que o comissário tenha feito uma manobra incorrecta, mas preferimos evitar todos os riscos».

COMISSÁRIOS – É verdade que, este ano, as directivas são para que os pilotos tenham toda a liberdade de se baterem por uma posição, tendo mesmo sido posta de parte a chamada «regra Verstappen» que limitava as manobras defensivas nos duelos em pista. Os Comissários Desportivos passam apenas a analisar incidentes mais graves e onde há um claro culpado. Foi, por isso, com alguma surpresa que não se viu qualquer acção em relação ao embate desastrado de Magnussen (Haas) no Sauber de Ericsson na travagem da curva 3, após a partida…

O dinamarquês tocou no corrector de dentro e o carro fugiu-lhe de frente, acertando em cheio na lateral do Sauber, estragando por completo a corrida do sueco, sem que estivessem propriamente a discutir uma posição. Teremos passado do 80 para o 8 em termos de controlo do que se passa em pista?... «Não consigo perceber como a FIA não fez nada naquela situação, as regras são muito claras quando há uma culpa evidente de um piloto», lamentava-se Monisha Kaltenborn, directora da Sauber.

INVASÃO – «Foi uma verdadeira loucura, ver toda aquela gente a correr pela pista com bandeiras da Ferrari na mão, ainda com os carros a passar! Maravilhoso, obrigado pelo apoio!», exclamava Vettel no pódio. Pois… A imagem pode até ser bonita e, no entusiasmo da vitória, saber bem aquela manifestação de júbilo. Mas o que se passou no final do G.P. da Austrália é inadmissível e extremamente perigoso! Normalmente a invasão de pista é autorizada quando todos os carros já entraram nas «boxes», de forma a garantir a segurança de todos. Em Melbourne havia ainda meio pelotão em pista e, num F1, até a volta de regresso às «boxes» se faz razoavelmente depressa…

Por isso a FIA já anunciou um inquérito ao sucedido na curva 15, por onde entraram centenas, senão milhares de pessoas. Não é uma questão de limitar a festa, é de a fazer em segurança! «Felizmente este incidente não levou a uma situação de perigo real, mas vamos investigar o que aconteceu», revelou Charlie Whiting. Porque este é um desporto perigoso… até os carros estarem parados nas «boxes»!

COINCIDÊNCIAS – Na passada sexta-feira, no primeiro treino livre, fizemos referência, por simples curiosidade, ao facto de Romain Grosjean (Haas) ter sido o primeiro piloto a entrar em pista no Mundial de 2017. Acontece que o francês foi também o primeiro… a deixá-la! Devido a uma fuga de água, Grosjean foi o primeiro abandono da corrida australiana (depois de um mau arranque em que perdera alguns lugares), não podendo mostrar o bom andamento do carro norte-americano. Ele há coincidências…

HOT-RODS – A tradicional parada de pilotos, antes da corrida, costuma ser feita, ou com todos juntos em cima de um camião TIR como se de um palco rolante se tratasse, ou em automóveis clássicos, habitualmente das marcas que cada um representa. Em Melbourne os organizadores inovaram e arranjaram vinte automóveis clássicos recuperados mas… com transformações para se assemelharem aos famosos «hot-rods» americanos, com grandes rodas traseiras que se tornaram famosos, nomeadamente, nos vídeos das músicas do grupo «ZZ Top». Uma forma diferente e bem descontraída de fazer a volta a Albert Park!

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