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Pilotos perto do ponto de desmaio?!, questiona director da Pirelli

O responsável pela Pirelli Motorsport, Paul Hembery, mostrou-se extremamente impressionado com a forma como viu os novos Fórmula 1 curvarem em Barcelona, pondo a hipótese de, nalguns pontos dos circuitos, os pilotos estarem muito próximos dos limites físicos humanos! E disse mesmo que aquilo que eles fazem seria impossível para «um ser humano normal»…

Com os carros a descreverem a curva 3 de Barcelona a mais de 280 km/h, os pilotos encaixam forças na ordem dos 5 G, levando Hembery a comentar: «É chocante! Quando se fala em 5 G e se pensa que um automóvel de estrada de topo, um Ferrari ou um Lamborghini, atingem forças máximas de 1,2 ou 1,3 G… Estamos a atingir níveis que, nem sei… Talvez algum médico especialista nos consiga dizer se não estaremos próximos do ponto de desmaio, não sei…».

«O que sei é que, ao vê-los passar na curva 3 fiquei muito impressionado. Estou certo de que um ser humano normal não conseguiria fazer aquilo…», acrescentou Hembery. À partida, o ponto de desmaio não deverá ser atingido, pois trata-se de picos relativamente curtos em que essas forças são experienciadas. Mas em 2001, então na fórmula CART, nos Estados Unidos, a prova no «superspeedway» do Texas teve de ser cancelada por os pilotos sentirem enormes tonturas e quase desmaiarem nos carros devido às forças de 5 G sentidas na oval, percorrida a médias de quase 380 km/h! Aí, contudo, era uma pressão constante e prolongada.

Paul Hembery recordar, contudo, que haverá provas em que bastará o aumento da temperatura e o decorrer da corrida para os efeitos das elevadas forças G se fazerem sentir: «Vai depender do circuito. Provavelmente um turno em Silverstone de 30 ou 40 voltas será exaustivo para um piloto. Até aqui em Barcelona, se estiverem mais 15 graus do que estiveram nos testes e os pilotos tiverem mesmo de lutar a fundo durante a corrida». Já para não falar em provas como a Malásia…

E há ainda outro factor a acrescentar ao que já agora impressionou Hembery: é que os carros hão-de ficar ainda mais rápidos! «Vai ser um enorme desafio para os pilotos do ponto de vista físico. É óbvio que todos eles são grandes atletas e que têm elevadíssimo nível de preparação. Mas pensem que os tempos poderão baixar ainda mais 3 s do que já vimos o que, normalmente, corresponderia a três anos de desenvolvimento, é espantoso!».

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