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Silverstone desiste do G.P. da Grã-Bretanha… ou é só «bluff»?

Silverstone está em plena campanha para baixar de forma significativa a verba que tem de pagar anualmente para acolher o G.P. da Grã-Bretanha. É sob este prisma que têm de ser vistas as mais recentes declarações de um dos directores do BRDC – o clube proprietário da pista britânica, onde teve lugar a primeira prova do Mundial de F1, em 1950 – que avisou que é muito provável que seja accionada a cláusula libertará Silverstone de organizar a prova a partir de 2019.

Apesar de ter um contrato válido até 2027, a pista britânica pode accionar, até ao fim-de-semana do Grande Prémio deste ano (16 de Julho), uma cláusula em que renunciar, sem penalizações, à organização da corrida de Fórmula 1 depois de 2019. E é o que poderá fazer devido ao aumento anual que tem sofrido o valor a pagar para receber a prova. «É altamente provável que venhamos a activar a cláusula de rescisão», referiu Philipe Walker, do BRDC, ao diário «Mail on Sunday».

Ou seja, Silverstone já não quer organizar mais o G.P. da Grã-Bretanha de F1. A este preço… Porque é sabido que Chase Carey, da Liberty Media, está em campo para tratar que a Grã-Bretanha não fique sem corrida de F1 e, veja-se lá a coincidência, não há qualquer outra pista em condições para receber a Fórmula 1 naquele país!

De momento, Silverstone é a única pista britânica com homologação de Grau 1, apta a receber a F1 e todas as outras, mesmo que o quisessem estão muito limitadas: Donington esteve quase a ir à falência até ser recuperada pela família Wheatcroft que já recolocou a pista em funcionamento mas nem quer ouvir falar em F1; Brands Hatch está sujeita a restrições muito severas ao, além de não ter espaço para um «paddock» como a F1 agora exige; a oval de Rockingham é o circuito mais moderno e tem uma pista tradicional no «miolo», mas os acessos são inviáveis para a multidão de um Grande Prémio; e o moderníssimo circuito que está para ser construído no País de Gales, num investimento de mais de 500 milhões de euros… está parado depois da recusa do governo galês de o financiar.

Ou seja, só sobra Silverstone! Portanto, se a Liberty Media quer mesmo manter o G.P. da Grã-Bretanha – e não faz sentido não haver corrida de F1 no país onde está o «centro produtor» da disciplina! –, só mesmo baixando os preços para um nível que Silverstone aceite. Assim já se torna mais perceptível a «ameaça» de accionar a cláusula de rescisão a menos de quinze dias do final do prazo…

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