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Soa o alarme! E se os carros de 2017 se parecerem com… carrinhas familiares?!

E se os monolugares de 2017, de acordo com a nova regulamentação, não forem afinal, esteticamente tão apelativos quanto nos tem sido prometido mas mais parecidos com… carrinhas?! Porque, até agora, com as asas maiores e os pneus mais largos, tudo tem sido maravilhoso e os carros têm sido elogiados como sendo um passo em frente na imagem que a Fórmula 1 pretende passar aos fãs. Mas… e se os técnicos de aerodinâmica, para quem a estética nada conta, encontrassem vantagens no cronómetro que os obrigassem a «ressuscitar» soluções… feiosas?!

Em concreto, estamos a falar das horríveis «barbatanas» que os F1 usaram entre 2008 e 2010, antes de serem banidas para 2011 por serem esteticamente pouco apreciadas… Mas que, segundo revelou a revista alemã «Auto Motor und Sport», poderão reaparecer na maioria ou até mesmo em todos os carros do próximo ano! O que poderá ter efeitos catastróficas, quando os fãs aguardam ansiosamente monolugares mais bonitos e agressivos, tendo já aparecido inúmeras interpretações.

O problema não afecta todas as equipas da mesma maneira e até já foi alvo de uma jogada… «sonsa» da Red Bull a tentar ganhar vantagem sobre a Mercedes! Com a asa traseira mais baixa (o plano de referência reduziu-se de 95 para 80 cm do solo) e mais larga (de 75 para 95 cm), toda a turbulência do ar do eixo dianteiro vai acertar-lhe em cheio, quando até aqui passava sob e pelos lados da asa mais alta e estreita.

Daí os responsáveis da aerodinâmica – para quem qualquer componente que represente um ganho de uma fracção de segundo… é lindo, por muito feito que pareça! – terem recuperado o conceito da «barbatana» por trás da entrada de ar para o motor e até à asa traseira, de forma a cortar essa turbulência que prejudica a o seu correcto funcionamento. Nos protótipos do Mundial de Resistência, essa «barbatana» é obrigatória mas por questões de segurança, limitando os riscos de os carros capotarem quando entram em pião, como se fosse um travão aerodinâmico.

Este é um problema que afecta menos os carros que correm com um «rake» mais acentuado, ou seja, um ângulo entre a frente e a traseira. O caso mais evidente é do Red Bull que parece ter sempre a traseira muito mais elevada que a frente, mas também o Force India e até o McLaren têm usado um «rake» pronunciado, em contraste, por exemplo, com o Mercedes ou o Renault. Com o carro a fazer um ângulo de 1,9 graus com a estrada, a perturbação da asa traseira é muito menor que num carro que faz um ângulo de 1 grau.

Por isso a Red Bull terá solicitado à FIA que proibisse para 2017 as tais «barbatanas» por motivos puramente estéticos. Um falso argumento, pois o que a equipa de Milton Keynes verdadeiramente pretendia era cortar uma solução muito mais importante para a Mercedes (que se recusa a enveredar pela linha dos carros com «rake» elevado) do que para si própria…

Qual o maior problema de tudo isto? As fotos que publicamos, referentes às temporadas em que aquelas «barbatanas» foram usadas, são suficientemente explícitas. Mas, para resumir a desilusão que os fãs da F1 poderão vir a sofrer, nada como pegar na comparação feita pelo jornalista da revista «Auto Motor uns Sport»: com aquela solução, os carros de 2017 poderão vir a ter um perfil semelhante ao de… uma carrinha de família!

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