A pequena cerimónia quase passou despercebida mesmo a quem estava em Monza, mas nem por isso perdeu o significado. Sir Jackie Stewart sentou-se num BRM 261 semelhante ao que guiou em 1965, naquela mesma pista, para conseguir a primeira das suas 27 vitórias no Mundial de Fórmula 1!
O tricampeão escocês teria merecido uma homenagem mais visível, até porque poucos são os desportos em que um seu destacado elemento consegue, 50 anos depois, repetir as acções que o tornaram famoso. E Stewart guiou mesmo o BRM, mesmo se não mais que escassos quilómetros, não tendo feito sequer uma volta ao lendário traçado. É uma pena a F1 moderna começar a não ter tempo para glorificar os seus heróis…
«Mas foi fantástico poder fazer isto 50 anos depois! Os responsáveis pelo carro fizeram um magnífico trabalho, senti-me imediatamente em casa, foi como sentar-me num velho cadeirão!», comentou Stewart. «A caixa de velocidades estava exactamente onde eu a esperava, à esquerda como em todos os BRM. Claro que gostava de ter rodado antes da corrida, mas fico grato por ter revisitado estas fabulosas memórias. E grato por estar aqui e poder fazer isto 50 anos depois, não há muitos desportos em que haja este privilégio!».
Nesse G.P. de Itália de 1965, Stewart lutou com o seu colega de equipa na BRM, Graham Hill e com os compatriotas Jim Clark (Lotus) e John Surtees (Ferrari), numa corrida em que a liderança mudou mais de 40 vezes, num traçado de Monza ainda sem chicanes!
