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Tempo das equipas escolherem: quando «deixar» 2016 e focar tudo em 2017?

Caminhamos a passos largos para o final do primeiro semestre, a época completa, este fim-de-semana, o seu primeiro terço e as equipas têm pela frente o trabalho suplementar de projectar monolugares para os regulamentos profundamente alterados que entrarão em vigor em 2017. Está, pois, na hora de fazer escolhas difíceis, em especiais nas equipas de meios mais limitados: continuar concentrados no desenvolvimento do carro deste ano ou apostar todas as «fichas» no estudo profundo das regras e do carro de 2017, procurando a «descoberta da pólvora» para o ano em que quase se recomeçará do zero?!

As grandes equipas têm meios para se dividirem por dois projectos, ainda para mais porque a lutar por vitória e títulos, não podendo abrir mão da evolução do carro deste ano. Quanto às mais pequenas, terão de se decidir em função dos objectivos a que se propuseram no início do ano e da posição em que se encontram actualmente.

«A passagem do foco de um ano para o outro é sempre gradual», explica Paddy Lowe, responsável técnico da Mercedes. «Primeiro temos de determinar os principais parâmetros do novo carro, depois o processo inicia-se de forma mais ou menos rápida, começando pelo chassis e suspensões, antes de começarmos com os estudos aerodinâmicos». Mas de uma coisa Lowe tem a certeza: «Após a pausa de Verão, o carro de 2017 passará a ser prioritário!».

Na McLaren, onde não se luta por títulos, a decisão apareceu mais cedo e já há algum tempo que os meios da equipa estão divididos a 50% entre o carro deste ano e o estudo do monolugar de 2017. «Mas temos ainda de aguardar decisões importantes, por exemplo o que se refere à protecção dos habitáculos», recorda o director da equipa, Eric Boullier. «E chegará o momento em que nos concentraremos quase totalmente no carro de 2017, trabalhando no carro actual mas perdendo o mínimo de tempo possível».

Já nas pequenas equipas as coisas passam-se de forma diferente. E a Force India tem de enfrentar um dilema complexo porque precisa, obviamente, de se debruçar sobre o carro de 2017, mas os últimos resultados, em especial o do G.P. do Mónaco, deixaram-na em excelente posição no Mundial de Construtores, quase em posição de lutar com a Williams pelo 4.º posto!

«Conservar o 5.º posto alcançado o ano passado sempre foi o nosso objectivo», afirma Otmar Szafnauer, director da Force India. «Mas há ainda muitas corridas no Mundial e, mais cedo ou mais tarde, teremos de mudar o foco para 2017 que nos exigirá tempo de preparação por causa dos novos regulamentos».

E explica o dilema da sua escuderia: «Não temos o orçamento de um ‘top team’ e não poderemos repartir as nossas forças. Por isso, nas próximas semanas teremos de nos concentrar em 2017 para não sermos surpreendidos no próximo ano… Teremos de ser pragmáticos!». Ou seja, é natural que o desenvolvimento do chassis deste ano abrande de forma significativa assim que o 5.º lugar pareça assegurado…

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