Stoffel Vandoorne, o belga de 24 anos que fará a sua primeira época de Fórmula, está numa situação curiosa, pois tendo uma experiência muito reduzida, não é propriamente um «rookie» (estreante): fez um Grande Prémio em 2016, ao substituir Fernando Alonso no Bahrain – o espanhol estava magoado do enorme acidente sofrido na Austrália – e até conseguiu marcar um ponto!
Mas só este ano terá, enfim, a oportunidade por que tanto esperava de mostrar o seu talento e logo a comparar-se com Alonso. No entanto, nas declarações que fez ao «Motorsport», deu logo uma prova de inteligência: «Seria um erro se me focasse apenas no Fernando! O nosso único foco tem de ser recolocar a McLaren/Honda na frente. Depois, tenho de garantir que tirarei o máximo partido de cada situação, sem cometer erros. Quando o consigo, normalmente os resultados acabam por ser bons». E o Bahrain-2016 prova-o!
O estágio feito durante o ano passado, em que acompanhou todas as provas como piloto de reserva, permitiu-lhe aprender muito. «Foi bom poder ver como ambos os lados da garagem preparavam as suas provas, permitiu-me ganhar experiência nesse aspecto. E tendo recolhido toda essa informação, acho que criei também o meu próprio método de trabalho».
Agora, falta saber que o McLaren/Honda continuará a evolução já feita no ano passado, conseguindo imiscuir-se na luta por lugares mais cimeiros, nomeadamente pelos pódios. A «revolução» nas regras técnicas é uma oportunidade mas… deixa toda a gente «no escuro»: «É realmente difícil saber onde estaremos a nível de ‘performances’, mas será assim para toda a gente e também ninguém calculará onde nós estaremos… Claro que as equipas de topo lutarão pelas primeiras posições, será sempre assim, só não sabemos por que ordem».
E Vandoorne conta o que tem visto nestas semanas, de cada vez que visita a fábrica da McLaren: «Com as novas regras, todas as semanas aparecem coisas novas e ensinamentos novos. Desde o Natal que temos feito grandes progressos, mas a questão é… onde estaremos comparados com as outras equipas? Só quando chegarmos à pista o saberemos».