Fernando Alonso não se mostra particularmente preocupado com os progressos que a Honda possa fazer com o motor totalmente novo que está a construir para o Mundial de F1 de 2017, pois acredita que, muito mais que a potência, será a aerodinâmica a definir quais serão os carros a bater na próxima temporada.
«Digamos que a Mercedes, a nível de potência, estará no topo e será difícil de atingir, todos sabemos isso, não só para nós mas para todas as marcas», explicou o espanhol. «Mas penso que poderemos estar bastante mais próximos, a um nível de podermos dar-lhes luta. Estou 100% confiante de que atingiremos os patamares de potência que buscamos. Já no lado da aerodinâmica há mais pontos de interrogação».
Fernando Alonso receia que estes novos regulamentos levem a diferentes interpretações por parte de engenheiros e «designers», podendo terminar em maiores discrepâncias entre as equipas, numa época em que a aerodinâmica poderá, de facto, fazer a diferença. «quando temos novas regras podemos ter a sorte de acertar… ou não! Depende da forma como cada equipa interpreta as regras e do conceito escolhido para cada carro».
«Imagine-se que escolhemos ir pela via da direita e outra equipa no ‘paddock’ escolhe a via da esquerda e, à quarta ou quinta corrida, descobrimos que a via da esquerda era a melhor mas que começámos pelo caminho errado… Mas espero que tenhamos começado pela via certa desde o início!», comentou Alonso que, pelos vistos, dá muito mais importância às opções aerodinâmicas iniciais do projecto do MP4/32 do que propriamente aos cavalos que os técnicos da Honda conseguirão tirar do novo V6 turbo híbrido.