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As pesquisas da Ferrari e a incrível história das pressões dos pneus!

A Ferrari acredita que a sua dificuldade nas qualificações está apenas relacionada com problemas na gestão da pressão dos pneus e foi nisso que trabalhou no dia de testes em que Vettel esteve ao volante. A Scuderia acredita nisso até porque, em Espanha, depois de ter sido batida pelos Red Bull na discussão de lugares na grelha, o bom andamento regressou no dia da corrida, o que significa que não havia nada de errado com o carro.

As pressões dos pneus são extremamente sensíveis e têm sido uma das áreas mais trabalhadas pelas equipas da frente, havendo desconfianças de que algumas terão arranjado formas engenhosas, embora não ilegais, de conseguir baixar as pressões dos seus pneus já depois das medições efectuadas pela Pirelli, antes da qualificação ou da corrida…

A fornecedora de pneus, em concertação com a FIA, estabelece uma pressão mínima de referência, alegadamente por questões de segurança, depois dos rebentamentos verificados no G.P. da Bélgica do ano passado. Por exemplo, em Espanha a pressão era de 19,5 Psi, quando as equipas preferiam rodar com os pneus na ordem dos 17 Psi. E a pressão mais alta provoca um círculo vicioso: havendo menor área de piso em contacto com o solo, o pneu aquece mais… o que leva ao aumento da pressão no seu interior, desgaste acelerado e menor aderência.

Consta que algumas equipas arranjaram métodos bastante imaginativos para contornarem as verificações de última hora efectuadas pela Pirelli. Por exemplo, aquecendo exageradamente os travões para que esse calor passe para o ar do pneu, aumentando a pressão até à verificação. Depois, com um eficaz arrefecimento dos travões e o rolamento dos pneus, a pressão baixaria rapidamente para os valores desejados pelas equipas… e abaixo dos valores medidos e aprovados pela Pirelli!

A McLaren pediu um esclarecimento à FIA quanto à possibilidade de haver equipas a usar jantes… duplas, com um anel interno com a pressão do ar mais elevada e umo externo com ar a baixa pressão. Um pequeno furo permitia que, depois da verificação, a pressão dos dois anéis acabasse por se equilibrar num valor inferior ao inicialmente medido. A FIA respondeu dizendo que isso seria ilegal, o que bane de imediato um sistema deste género.

Por fim, a partir do G.P. do Mónaco, as equipas terão de descarregar as leituras que fazem, de forma permanente, da pressão dos pneus dos seus carros no servidor de dados da FIA para que esta passe a controlar, em tempo real, o que se passa de facto para poder, eventualmente, tomar novas medidas.

Até que se chegue a conclusões, contudo, a Ferrari terá de tomar decisões e medidas para se recolocar em boa posição na luta pelas melhores posições da grelha. Em especial já na próxima corrida, nas ruas monegascas, onde partir na frente é meio caminho andado para uma vitória ou um lugar no pódio!

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