Continuam as especulações em torno do alegado divórcio entre a McLaren e a Honda, no final deste ano e, segundo o tablóide britânico «Daily Mail», a decisão definitiva já terá sido tomada pela equipa britânica. A gota de água terá sido o abandono de Fernando Alonso, no Canadá, a apenas quatro voltas do fim e quando se preparava para somar os primeiros pontos do ano para a McLaren, única equipa ainda «a zero»…
O diário britânico baseia a sua «certeza» numa longa e nada secreta visita que Mansour Ojjeh – agora o homem de referência do comité administrativo que lidera a McLaren Technologies, accionista com 25% – fez ao espaço da Mercedes, no circuito de Gilles Villeneuve. «O accionista de longa data da McLaren, Mansour Ojjeh, esteve numa longa conversa com os dirigentes da equipa Mercedes, Toto Wolff e Niki Lauda, no ‘paddock’ de Montreal, à margem do G.P. do Canadá para tratar dessa troca de motores», escreveu o jornal.
A vontade (ou falta dela...) da Mercedes em fornecer motores, em 2018, a uma equipa com potencial para ser sua rival na luta pelo título é um dos obstáculos que faltará ultrapassar, segundo o «Daily Mail» que fala em negociações intensas mas que poderão ter um epílogo positivo antes da pausa de Verão, após o G.P. da Hungria (31 de Julho).
Esta movimentação é vista como a única possibilidade de convencer Fernando Alonso a renovar o contrato com a McLaren. Mesmo se o espanhol já afirmou publicamente que a sua decisão em relação a 2018, a tomar após o Verão, não será influenciada por uma eventual troca de motores por parte da McLaren… Calcula-se que o divórcio da Honda possa custar à McLaren cerca de 90 milhões de euros, além de ficar sem o financiamento anual que a marca nipónica lhe garantia, ter de pagar o novo «leasing» dos motores à Mercedes e o salário do espanhol que rondará os 28 milhões anuais…
Por fim, como já aqui dissemos, mesmo que consiga contar com motores Mercedes em 2018 – e esta é uma história daquelas que… só vendo! –, isso está longe de significar que a equipa de Woking fique imediatamente em condições de lutar pelo título. Porque nunca deixará de ser uma equipa-cliente, recebendo sempre mais tarde as evoluções que a Mercedes introduzir nos seus motores…