F1Flash.com - Página Inicial Descubra o izigo.pt

Fernando Alonso deu «show» em Indianápolis até ser… traído pelo motor Honda!

Foi como se sempre tivesse corrido em pistas ovais, como se estivesse na sua décima participação nas 500 Milhas de Indianápolis! Fernando Alonso atirou-se àquela que muitos classificam como a maior corrida do Mundo e deu um verdadeiro espectáculo, lutando de princípio até quase ao fim pela vitória e liderando por diversas vezes uma prova considerada «para especialistas». Mas, uma vez mais, o seu motor Honda deixou-o ficar mal e foi obrigado a abandonar já nas últimas voltas, quando desenhava o ataque final a uma vitória que pareceu perfeitamente possível!

Afinal, a «missão impossível» não o era assim tanto… Alonso demonstrou-o, ao abordar a estreia na Indy 500 de forma muito inteligente, com mente aberta e vontade de aprender. E isso notou-se até na corrida que acabou por sorrir à sua equipa, a Andretti Autosport, que triunfou com o japonês Takuma Sato, ex-piloto de Fórmula 1 (no carro azul da Panasonic, na foto). Se começou de forma cautelosa, perdendo até lugares na partida, Alonso foi percebendo as regras do jogo de andar naquela «molhada» a mais de 350 km/h e cedo passou a dominar as operações.

Foi impressionante a sua capacidade de se adaptar às novas condições, bem diferentes do que tinha aprendido ao longo dos muitos dias de treinos. E, de repente, eis que o carro cor de laranja começa a trepar lugares, passando por dentro ou por fora, tapando quem o queria atacar, com o espanhol a aprender a cada volta como dominar a corrida. Até… chegar à liderança da prova! E aí estava instalado quando a corrida teve de ser interrompida pelo pavoroso acidente de que Scott Dixon saiu milagrosamente sem um arranhão, depois de o seu carro ter voado e aterrado mesmo em cima do muro de protecção, partindo-se ao meio!

ind1ind2

Retomada a prova, Alonso entrou também no jogo da gestão de combustível – isso sabe ele fazer da F1! – e no «combate estratégico» que define esta corrida: são, basicamente, 190 voltas a preparar as últimas e decisivas 10! Mas os homens da Honda tinham deixado, logo no início dos treinos, algumas dúvidas sobre a resistência dos seus motores e já tinha havido dois abandonos quando o de Alonso se partiu de repente. «Não houve qualquer aviso, estava na recta da meta, a tentar ganhar uma posição e perdi toda a potência, ouvi um ruído e vi o fumo atrás…», contou o espanhol, frustrado porque estava claramente a passar ao ataque, a 31 voltas de se completarem as 200 da corrida.

«Foi uma pena, não merecíamos isto, merecíamos ter acabado a corrida, mas estas coisas acontecem… Se teria ganho? Quem sabe em que posição teria terminado…», disse o piloto espanhol que foi vibrantemente aplaudido pelos 300 mil espectadores. «Foi um dia extremamente agradável e uma experiência única na minha carreira. Adorei a apresentação, a corrida foi muito divertida, acho que tive um bom rendimento e cheguei a liderar durante várias voltas. Foi uma agradável surpresa!»

Alonso diz ser ainda muito cedo para falar num regresso a Indianápolis mas adianta: «Se voltar já partirei de um ponto muito mais avançado, já sei o que me espera». Mas agora, o seu futuro imediato passa pelo regresso à Fórmula 1. Precisamente onde hoje, no Mónaco, os motores Honda não deram qualquer problema…

Partilhar Notícia.