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Ferrari «tramou» Raikkonen ou não houve «conspiração»?...

A vitória de Sebastian Vettel no G.P. do Mónaco ou, se se preferir, a derrota de Kimi Raikkonen, foi terreno fértil para os adeptos das teorias da conspiração. Que a Ferrari «cozinhou» tudo para que fosse o alemão a triunfar, de forma a dar-lhe os 25 pontos da vitória e a estabelecê-lo, definitivamente, como piloto n.º 1 da equipa, dizem estes. Que não, que tudo foi normal, quem liderava teve a primazia de ir à «box» mas que Vettel, com pista livre, mostrou que estava mais rápido e aproveitou Raikkonen ter ficado no meio de carros mais lentos para lhe ganhar tempo, defendem os «anti conspiração».

Mas não falamos só de adeptos dos pilotos ou fãs da F1 em geral… Até dentro das equipas há opiniões diferentes! Por exemplo, Lewis Hamilton acha que a Ferrari deu a vitória a Vettel mas Toto Wolff, o seu chefe de equipa, considera que não… Será, pois, uma discussão sem fim, quase ao nível dos fora-de-jogo no futebol.

E o que pensa o finlandês directamente envolvido no caso? A sua cara no pódio dizia tudo e, entre as muitas entrevistas que deu, uma frase acrescentou o resto: «Todos temos um papel a desempenhar e todos o conhecemos». Além disso foi juntando mais algumas frases soltas, sempre com aquele ar de… «não puxem por mim»: «Não fui eu que pedi para trocar de pneus, chamaram-me à ‘box’ e teriam certamente razões para o fazer»; «Não sei o que sucedeu, apenas que tínhamos dois carros na frente e que, no final, fiquei com o menos bom dos dois resultados. Teremos de conversar, tudo na vida tem as suas razões»; «Consegui o 2.º lugar, foi bom para a equipa, mas não para mim».

Sebastian Vettel tentou explicar que «não havia quaisquer ordens de equipa e o que sucedeu foi que quando fiquei com pista livre consegui fazer algumas voltas muito rápidas». «Mas compreendo perfeitamente que o Kimi se sinta muito chateado, se fosse ao contrário eu também estaria», referiu o alemão que ficou em pista mais cinco voltas que o finlandês que, após a paragem, caiu no meio de carros mais lentos, perdendo a vantagem de cerca de dois segundos.

O director da Scuderia, Maurizio Arrivabene, afastou qualquer hipótese de «jogos de bastidores»: «Ao contrário dos rumores, não demos qualquer ordem de equipa. O Sebastian mostrou-se mais rápido com os pneus usados e foi assim que chegou ao comando. Não esqueçamos que foi o Kimi quem fez a ‘pole’, ele não está connosco para ser um figurante, mas para marcar o máximo de pontos possível e no Mónaco fez uma bela corrida».

Arrivabene recebeu o apoio insuspeito do director da Mercedes, Toto Wollf: «Sinceramente, era difícil prever como se iriam comportar os pneus. Eles chamaram um dos seus pilotos e montaram os supermacios mas, manifestamente, não eram tão ‘performantes’. E o Sebastian conseguiu fazer voltas muito rápidas com os ultramacios já bastante usados, o que lhe permitiu passar o Kimi. Penso que eles nem perceberam que aquilo iria suceder. É verdade que, no final, foi o resultado que mais lhes convinha para o Mundial, mas não acredito que tivesse sido planeado antecipadamente».

Quem Wolff não consegue convencer é… o seu piloto, Lewis Hamilton que, com a ultrapassagem de Vettel a Raikkonen, viu a sua desvantagem no Mundial subir de 18 para 25 pontos! «É mais que óbvio que a Ferrari dá a preferência ao seu piloto n.º 1 e que fazem tudo o que é possível para que o Sebastian marque o máximo de pontos em cada corrida», disse o britânico à «BBC». «Numa pista como o Mónaco é muito raro que o carro da frente seja ultrapassado nas paragens na ‘box’, a não ser que a equipa decida favorecer o outro carro».

Na verdade, também com a Red Bull isso sucedeu, pois os três pilotos que pararam mais cedo (Raikkonen, Bottas e Verstappen) perderam bastante tempo atrapalhados no «tráfego»… De qualquer forma, este comentário de Hamilton soa muito mais a recado para dentro da Mercedes do que propriamente a uma queixa quanto ao comportamento da Ferrari!

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