Aguardada com grande expectativa, a aparição em 2016 do Haas F1 Team, a corporizar nova tentativa de impor uma equipa norte-americana na Fórmula 1, continua sobre carris. Contratada grande parte dos responsáveis técnicos, assinado o acordo com a Ferrari, comprada a base europeia – as antigas instalações da Marussia, em Banbury (Inglaterra) – sabem-se agora as intenções da equipa quanto à construção do seu monolugar.
Segundo Gunther Steiner, director-técnico, o Haas F1 Team comprará à Ferrari o máximo de componentes que o regulamento da F1 permite. «Vendo o regulamento, podem ter uma ideia do que compraremos à Ferrari. Aquilo que temos de ser nós a construir é a monocoque e peças como a carroçaria, radiadores, apêndices aerodinâmicos ou os escapes». Mais as estruturas deformáveis, o arco de segurança, o fundo plano e o extractor. É para isto que a Haas já conta com uma equipa de 70 engenheiros que trabalha com os computadores de estudo dos fluídos dinâmicos (ex-Marussia) e que usa o túnel de vento da Ferrari, em Maranello.
«Usamo-lo semana sim semana não, com os nosso próprios técnicos, em duas sessões por dia», explica Steiner. «A outra semana está reservada à Ferrari que, tal como nós, está limitada a 30 horas por semana». E esclarece: «Não faço ideia do que eles fazem, nós apenas alugamos as instalações e são as nossas equipas que controlam os testes. Não temos, obviamente, qualquer interesse em desenvolver o carro deles…».
No entanto, tendo em conta que elementos como os braços de suspensão e pontos de ancoramento, depósito de gasolina e travões virão da Ferrari, tudo indica que o Haas acabará por ter muitas semelhanças com o carro da Scuderia e Steiner não o desmente: «A parte crítica da monocoque nem é tanto a sua forma mas a maneira como os vários componentes são depois montados. Ora há algo de evidente: quando recebemos o depósito e a bateria da Ferrari e usamos as mesmas suspensões temos de as ancorar nos mesmos sítios. Logo, é provável que o carro fique parecido com o Ferrari».
