A Honda vai estrear uma evolução do seu grupo propulsor V6 turbo híbrido no G.P. de Espanha, tendo gasto duas «fichas» de desenvolvimento para conseguir ganhar entre 15 e 20 cavalos. A evolução do motor RA615 H deverá ser montada no carro de Fernando Alonso, estando ainda em discussão se também equipará o monolugar de Jenson Button.
O principal trabalho feito pelos técnicos japoneses centra-se nas câmaras de combustão e no sistema de injecção electrónica. Mas poderemos também assistir à adopção de um radiador ligeiramente maior para o sistema híbrido – a «miniaturização» é uma das características específicas da mecânica Honda –, procurando resolver os problemas de sobreaquecimento sucedidos nas provas anteriores.
O curioso da situação é que, segundo consta, terá sido a McLaren a forçar uma estreia que a Honda não queria fazer já, sob pena de esgotar os quatro motores a que tem direito para o ano todo. Mas a equipa britânica parece convicta de que, mais cedo ou mais tarde, essa fasquia será ultrapassada, com as consequentes penalizações, pelo que acha que o melhor é estrear as evoluções quanto antes.
Além das mexidas naqueles componentes, esta evolução do Honda V6 turbo híbrido receberá também um novo combustível desenvolvido pela Mobil Exxon nos Estados Unidos, a pensar precisamente nas melhorias introduzidas.
A Honda tem apenas 9 «fichas» para usar no desenvolvimento do seu motor – encontra a explicação deste sistema de «fichas» na nossa secção Dossiers – ficando agora reduzida a 7. Espera-se que a maior evolução do motor nipónico seja introduzida no G.P. da Áustria ou, o mais tardar, no seguinte, na Grã-Bretanha.