Tendo gasto as últimas «fichas» de desenvolvimento no motor estreado nos treinos livres do G.P. da Rússia, a Honda mostrou-se bastante satisfeita com os resultados alcançados a nível do V6 turbo e sabe onde deverá concentrar os seus esforços para evoluir o grupo propulsor para a próxima temporada: na parte híbrida do armazenamento de energia e, principalmente, na forma como ela é depois libertada!
As evoluções introduzidas no motor de combustão interna significaram um acrescento de 20 cv que poderão até ser mais quando o mapeamento electrónico estiver optimizado. «Foi um salto muito positivo, pois as nossas expectativas que tínhamos dos dados do banco de ensaios confirmaram-se em pista», referiu o director desportivo da McLaren, Eric Boullier. O motor foi apenas usado nos treinos livres por uma razão simples: «Aquela pista não era favorável ao nosso carro e decidimos poupá-lo para os Estados Unidos».
Satisfeita com o V6 turbo, a Honda tem de se concentrar no seu maior problema, a falta de eficácia da parte híbrida que lhe chega a roubar, a espaços, cerca de 160 cv! «Em relação ao motor de combustão interna, fizemos bons progressos. Mas ainda é difícil vê-los na pista porque continuamos com o problema da falta da potência eléctrica, por isso a ‘performance’ total do carro não é suficiente», explicou o director desportivo da Honda, Yasuhisa Arai.
Quando os pilotos libertam, nas rectas, toda a energia armazenada através dos sistemas de recuperação (MGU-K e MGU-H), os motores ganham cerca de 160 cv. Mas o motor da Honda não consegue fazê-lo na totalidade de uma volta, deixando os seus pilotos impotentes para se defenderem dos ataques dos adversários. Só quando este problema do módulo híbrido for resolvido, o motor Honda poderá dar um grande salto de competitividade. E é essa a prioridade máxima até ao início da próxima temporada!