Não é só a Renault que aproveita a prerrogativa de não ser equipa para «escapar» às férias obrigatórias impostas às equipas de F1 para continuar a trabalhar no desenvolvimento do seu motor. Também a Honda continuará a trabalhar, durante Agosto, na evolução do V6 turbo híbrido e, afinal, a versão a apresentar na Bélgica não será tao mais potente do que inicialmente se julgava.
«Para nós não há férias!», declarou o director do programa de F1 da Honda, Yasuhisa Arai, ao diário desportivo italiano «Tuttosport». «A menos que algo de inesperado suceda na fábrica, continuaremos a trabalhar a trabalhar ‘no duro’». Arai explicou o que está a Honda a preparar: «O nosso motor melhora dia após dia. Deverá ter mais cavalos para os Grandes Prémios da Bélgica e Itália, dois circuitos muito importantes a esse nível».
Contudo, ao contrário do que chegou a ser veiculado, a marca nipónica não irá gastar já as sete «fichas» de desenvolvimento de que ainda dispõe para procurar um ganho de 50 cv, ficando-se por uma abordagem mais conservadora, usando para já apenas três dessas «fichas»: «Esperamos ganhar agora 15 cv e depois utilizar as últimas quatro ‘fichas’ antes do final do ano», revelou uma fonte interna da marca. «Sabemos que estamos em desvantagem mas não estamos a gerir os nossos esforços para chegar rapidamente ao topo».
A este propósito, Stefan Johansson, o ex-piloto sueco que iniciou, nos anos 80, a aventura da Honda na F1, com a equipa Spirit, lembrou que a marca nipónica esteve cinco anos na F1 antes de começar a ganhar, acabando por dominar a disciplina. Ou seja, uma forma diferente e muito mais paciente de trabalhar que, mesmo com a maior pressa dos dias de hoje, pode muito bem apontar para vitórias lá para 2017…