Partindo do princípio de que os jovens dos dias de hoje já não têm paciência para estar mais de uma hora e meia à frente de um ecrã a ver uma corrida de automóveis, Jenson Button defende que os Grandes Prémios deveriam ser mais curtos para que a Fórmula 1 ganhasse uma camada mais jovem de fãs. «Este formato actual terá dificuldades em atrair audiências mais jovens», considera o mais veterano dos pilotos de F1.
«Haverá sempre fãs de há 10 ou 20 anos que estarão colados aos ecrãs para verem um Grande Prémio inteiro, mas temos de atrair espectadores mais jovens», comentou o britânico, indo ao encontro de algumas ideais já aventadas pelos responsáveis da Liberty Media, os novos donos da parte comercial da F1. Há muitos anos que a transmissão televisiva de um Grande Prémio de F1 dura, grosso modo, duas horas, o que é considerado exagerado para as gerações mais jovens. «Atraí-los para algo tão longo é muito difícil», reconhece Button.
Mas o britânico reconhece que… falar é fácil. «É uma decisão difícil porque a F1 é uma corrida de hora e meia e é uma pena mudar isso. Mas temos de nos mexer com os tempos se queremos que o desporto continue a ser relevante». E Button explicou a sua ideia: «A dispersão da atenção das pessoas é enorme, inclusive a minha. Corridas curtas, desportos rápidos é o que está no ‘top’. As pessoas adoram os 100 metros no atletismo porque é algo super-rápido, é uma explosão de energia, enquanto um Grande Prémio dura hora e meia».
E mesmo em desportos de duração maior, Button apontou outros exemplos: «Veja-se o basebol que pode não ser a coisa mais excitante, mas sempre que nada sucede em campo há outra acção noutro lado qualquer. É do que precisamos na F1». E é isso que o piloto britânico espera que os responsáveis da Liberty Media inventem para captar a atenção de mais público, nunca esquecendo os desejos dos pilotos, de terem carros mais excitantes ara guiar. «Com ideias novas e novos donos, as coisas terão mesmo de melhorar!».