A McLaren surpreendeu com a contratação de Jost Capito – até aqui director desportivo da Volkswagen e responsável pelo estrondoso sucesso da marca alemã no Mundial de Ralis – para director-executivo da divisão de competição (McLaren Racing), ficando assim um degrau acima, na hierarquia, do director desportivo Eric Boullier. Mas Capito diz que o facto de este ser um convite «irrecusável» implica também que irá ter a liberdade «para fazer o que é preciso ser feito» para devolver a equipa às glórias de que tem andado afastada.
A chegada de Capito à McLaren só deverá suceder em Abril ou Maio, quando a sua sucessão à frente dos tricampeões VW estiver concretizada. Mas o alemão não vê a hora de assumir funções na escuderia de que aprendeu a gostar ainda os tempos de Bruce McLaren e, depois, com os sucessos da organização de Ron Dennis. «Terei toda a liberdade para alterar a própria estrutura da equipa que, de momento, é bastante complexa», comentou.
E a quem lhe diz que um dos principais problemas é a difícil relação entre os elementos da McLaren e os da Honda, pelo choque de culturas, Jost Capito não se mostra preocupado. E recorda até a experiência que teve quando integrou a equipa Sauber, nos anos 90, tendo de colaborar com a Yamaha. «Temos de fazer com que as relações funcionem, não interessa onde as pessoas trabalham, temos de funcionar como uma equipa».
No entanto, reconhece: «Claro que é sempre um enorme desafio pôr uma equipa a funcionar em conjunto, mais difícil ainda se uma parte dessa equipa está noutro continente ou provém de uma cultura diferente. Mas eu já trabalhei com os japoneses no passado e tive uma óptima experiência», comentou Capito que não esconde a sua admiração por Fernando Alonso: «Ainda não o conheço pessoalmente mas, para mim, é o melhor piloto da Fórmula 1 e estou mortinho por trabalhar com ele!».