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Massa deixa a F1, lugar na Williams cobiçado por Kubica, Kvyat, Di Resta e Wehrlein

Desta é que é, Felipe Massa vai mesmo terminar a sua carreira na Fórmula 1, no final deste ano, tendo-o anunciado hoje: «Como todos sabem, depois de anunciar a minha retirada da F1 no ano passado, acedi ao pedido da equipa para voltar esta época para ajudar a Williams. Completam-se agora quarto magníficos anos com esta equipa, mas a minha carreira na F1 chega, finalmente, ao fim esta temporada», anunciou o brasileiro, num comunicado em que ambas as partes trocam palavras elogiosas. A situação, contudo, parece não ter sido tão simpática assim…

Massa pressionou a Williams para que fosse tomada uma decisão quanto à sua eventual continuação na equipa antes do G.P. do Brasil. Mas não terá apreciado, nem a mistura do seu nome na lista de candidatos ao lugar onde constam Robert Kubica, Daniil Kvyat, Paul di Resta e Pascal Wehrlein, nem a posição da escuderia em adiar para o final do ano a decisão quanto ao piloto que acompanhará Stroll em 2018. Supostamente para tirar conclusões do testes de pneus que se seguirá à última corrida, no Abu Dhabi, e onde Kubica deverá guiar o FW40.

Assim, foi o brasileiro a ter a iniciativa de se colocar fora desta «guerra», ponto um final na sua carreira na F1. O problema é que já não deverá ir a tempo de arranjar lugar no pelotão da Fórmula E, cuja lista de inscritos foi esta semana divulgada…

Agora a questão é: quem irá para o lugar mais cobiçado do pelotão da F1 para 2018? Paul di Resta tem sido piloto de reserva e já este ano teve de avançar para correr o G.P. da Hungria, por indisposição de Massa. Pascal Wehrlein é «carta fora do baralho» na Sauber mas continuará a ter o apoio da Mercedes que poderá tentar colocá-lo numa equipa a que fornece motores…

Mas as duas possibilidades mais fortes parecem ser Robert Kubica e Danill Kvyat, embora cada um com os seus problemas. O experiente, rápido mas há muito afastado polaco tem vindo a fazer vários testes e, pelos vistos, não convenceu a Renault para o contratar para 2018. Já rodou com um Williams de 2014 e poderá guiar o carro deste ano, nos testes pós G.P. do Abu Dhabi. Tem ainda a vantagem de levar fortes apoios financeiros, nomeadamente o da petrolífera polaca Lotos.

Há, contudo, um problema que ainda não conseguimos perceber (pode ser limitação nossa…): sob que alínea de um regulamento tão restritivo conseguirá Robert Kubica ter acesso à superlicença para a F1, dado que não somou os pontos necessários noutra competição e falhou as últimas sete temporadas? Porque se o facto de já ter feito 76 Grandes Prémios e até ter conseguido uma vitória chega, então concluímos que até Stewart, Lauda ou Prost são elegíveis…

Em relação a Daniil Kvyat, a sua candidatura é também forte, até com Paddy Lowe, director técnico da Willims, a reconhecer que é uma boa hipótese. A verdade é que o russo não perdeu a rapidez que mostrou no início da Toro Rosso e que até o levou a ser promovido à Red Bull – este ano a sua luta com Sainz na qualificação estava equilibrada… –, apenas quebrando pela enorme pressão que Helmut Marko exerceu sobre si… Liberto dessa «ditadura markiana», Kvyat poderá voltar a ser um piloto rápido como provou no G.P. da China de 2016 que terminou no pódio, depois de uma fantástica partida em que ganhou a alcunha de «torpedo».

Mas também o russo coloca um problema complexo à Williams: fará 24 anos em Abril e, por regulamento, uma equipa para ter um patrocínio de bebidas alcoólicas (neste caso a Martini) tem de ter, pelo menos, um piloto com mais de 25 anos. Ou seja, ou Kvyat não é de todo hipótese ou a Williams já sabe que vai ficar sem o apoio da Martini para 2018 e uns fundos russos serão sempre bem-vindos…

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