A McLaren mantém o discurso optimista relativamente aos progressos que o MP4/30-Honda já fez e, em especial, aos que ainda fará. Aproveitando esta pausa na temporada, foi tempo para um primeiro balanço e explicadas as muitas alterações introduzidas na equipa para assegurar a evolução nos pr
Peter Prodromou, o chefe de engenharia que a McLaren foi buscar à Red Bull (era o braço direito de Adrian Newey, conta o que encontrou na sua nova equipa: «Nos últimos anos a equipa perdeu um pouco o rumo nos estudos aerodinâmicos. E era óbvio que se continuássemos com o mesmo trabalho os progressos não seriam grandes. Por isso começámos por estabelecer um novo conceito aerodinâmico e uma outra forma de trabalhar que definirá o futuro desta equipa».
A própria organização da equipa foi alterada, segundo explicou o director da McLaren, Eric Boullier: «A maior mudança foi que as pessoas passaram a ter uma sensação de ‘propriedade’ em cada peça que produzem, o que as motiva e interessa muito mais. Passámos do ‘mandar’ ao ‘pedir’ e todos se sentem mais integrados. Um exemplo: no ano passado cerca de 50% das evoluções que levámos para a pista não resultaram. Este ano andamos em torno dos 5 a 10%».
A profunda restruturação da McLaren passou até pelas ferramentas e maquinaria. «Investimentos em novas máquinas e actualizámos outras, o que se reflectiu no aumento de capacidade de produção própria em quase 30%. Isso permite-nos um processo de desenvolvimento mais leve, rápido e flexível».
No segundo ano consecutivo em que teve de fazer um carro em torno de um novo grupo propulsor – Mercedes híbrido em 2014 e agora o Honda –, a McLaren encara este início de 2015 como o arranque de um longo processo, até porque as regras quase não se modificarão para 2016. «O carro do próximo ano será uma evolução do actual, por isso teremos de continuar a desenvolvê-lo mesmo até ao final da época, resume Peter Prodromou.