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Renault melhorou em corrida… mas vai ter de perceber porquê

A Renault teve, em Barcelona, um fim-de-semana invulgar, totalmente diferente do que lhe sucedera nas quatro provas anteriores. E da compreensão do que sucedeu dependerá muito da evolução da sua forma em corrida para o resto da temporada! Até Espanha, a equipa francesa sempre se qualificava razoavelmente bem, mas perdia depois em ritmo de corrida. Na última prova, nenhum dos pilotos passou ao Q3, mas o ritmo de corrida até foi bom, com Hulkenberg a dar o melhor resultado (6.º) desde o regresso da Renault à F1 como construtor, no ano passado.

«Temos a noção de que também houve factores externos a contribuir para esse resultado [abandonos de Bottas, Raikkonen e Verstappen], pelo que não vamos embandeirar em arco», explicou Cyril Abiteboul, director-geral da Renault Sport Racing. «Mas é verdade que o ritmo de corrida foi mais encorajador, depois do choque que foi a qualificação, com resultados negativos e totalmente inesperados, depois do que tínhamos feito no primeiro dia de treinos livres».

Abiteboul foi de uma franqueza desarmante quando lhe perguntaram a razão para a súbita melhoria dos Renault em condições de corrida, precisamente o ponto em que a equipa francesa vinha falhando: «Sinceramente não sei… Teremos de analisar muita coisa, há algumas explicações e será uma conjugação de muitos factores e de várias características das diferentes equipas. Por exemplo, é difícil acertar com a janela ideal de temperatura de funcionamento dos pneus, é uma área em que ainda temos trabalho a fazer».

Quanto ao resultado decepcionante na qualificação, o francês adiantou uma possível explicação, indo buscar uma das características da pista de Barcelona: «Talvez tenhamos construído um carro que é mais sensível que os outros aos ventos cruzados, esse é um detalhe que teremos de estudar. O vento é igual para todos, mas é possível que afecte mais o nosso carro que poderá ser mais sensível às condições ambiente».

No geral, o fim-de-semana espanhol acabou por ser positivo para a Renault que conseguiu ultrapassar a Haas no Mundial de Construtores, embora estejamos ainda numa fase muito prematura da época. «Foi um Grande Prémio encorajador, mas não devemos ficar demasiado excitados porque temos de ter em atenção as circunstâncias em que conseguimos este resultado», recordou Abiteboul. «Por isso, temos de manter-nos focados e continuar a trabalhar para evoluir o carro».

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